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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Centros Socialistas contra golpes de estado neoliberais

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Socialismo x Neoliberalismo

O jurista e filósofo marxista Allyson Mascaro, professor da USP, teoriza, hoje, no 247, sobre formação necessária do campo de luta socialista como velho novo modo de luta permanente contra o capitalismo que vive nesse momento estertores do modelo neoliberal; claramente, insuficiente, para coordenar caminho da humanidade ao seu sonho de igualdade, solidariedade e fraternidade, o neoliberalismo se expõe, com toda crueza, como negação humana e a afirmação da barbárie; no momento em que os neoliberais, com a PEC 186, estão dando seguidos golpes na democracia e na Constituição de 1988, fixadora dos direitos econômicos e sociais, com os quais se traçou a Nova República, jogando-os, historicamente, na lata de lixo, os Centros Socialistas propostos por Mascaro surgem como nova dinâmica política latino-americana, para reorganizar o movimento social revolucionário; este, essencialmente, se dá com base na teoria científica revolucionária marxista-leninista, sem a qual as esquerda não adquirem organicidade nem unidade na luta para o despertar da consciência crítica; sem esta, elas em sua generalidade ideológica dividida pelos interesses do capital, contrários aos do trabalho, não ganham prumo nem firmeza de luta ideológica.

PEC 186,  golpe parlamentar na Constituição

Os partidos oposicionistas estão desarvorados com a continuidade sequencial dos golpes imperialistas que se encavalam contra o Brasil a partir de 2013; eles têm inviabilizado estratégia de luta consequente às resistências sociais à desestruturação do patrimônio nacional e seu evidente sucateamento desmobilizador da consciência crítica social; a PEC 186, aprovada a toque de caixa, nessa semana, a pretexto de resolver a questão premente do Auxílio Emergencial, representa, na prática, golpe de estado parlamentar contra a Constituição; constituiu corolário do movimento contrarrevolucionário de 2013, sabidamente, conduzido pelos Estados Unidos, para assaltar a maior riqueza nacional, a Petrobrás e sua grande descoberta, o pré sal, com o qual projetam as esquerdas a libertação econômica nacional e a afirmação da soberania brasileira; na sequência do golpe de 2013, primavera sul-americana, semelhante à árabe, de desmobilização de forças nacionalistas, em torno da grande riqueza petrolífera, vieram os golpes de 2014 e 2016, bem como o de 2108, que inaugura a república da fraude eleitoral impulsionada pela prática dos fakenews e lawfare contra líderes políticos nacionalistas, inviabilizando ascensão deles ao poder; à destruição programada da Petrobrás segue a destruição do Estado por reforma administrativa ancorada, sobretudo, na terceirização das atividades públicas; o Estado deixa de ser uma institucionalidade prestadora de serviços públicos e privados, para se tornar, absolutamente, prestador de serviços ao capital; tudo, de acordo com o golpe de Estado nos Direitos Sociais e Econômicos, inscritos na Constituição de 1988, por meio da PEC 186, subordina-se aos interesses do mercado financeiro, que determina como prioridade absoluta, o pagamento da dívida pública sem que haja nenhuma contrapartida em matéria de desenvolvimento sustentável; a dívida governa o governo, quanto mais se afirma tal prioridade, que destrói o interesse público; essencialmente, portanto, a PEC 186, como a PEC 95, que criou o teto neoliberal de gasto, é golpe constitucional que destrói o mais importante capítulo da carta magna, dedicado aos direitos sociais e econômicos; na prática, a Constituição vai deixando de ser útil, conforme ditado pela ideologia utilitarista burguesa; “Tudo que é útil é verdadeiro, se deixa de ser útil, deixa de ser verdade.”(Keynes);

Educação política revolucionária

É nesse contexto de desarticulação e destruição da institucionalidade burguesa, que se desmancha em suas próprias contradições, que emerge a reação socialista de Allyson Mascaro, como proposta de educação política revolucionária, na organização dos movimentos sociais por meio dos Centros Socialistas; a designação do movimento como socialista é essencial, diz o filosofo marxista, para marcar posição, relativamente, a ideologia capitalista à qual se rendem todas as subjetividades construídas, historicamente, pelo movimento do capital, cuja essência é a concentração de renda, desigualdade social e desestruturação econômica neoliberal, que leva de roldão, especialmente, a moeda nacional; a dolarização dos preços dos combustíveis, formados no exterior da realidade brasileira, desconsiderando, completamente, a estrutura produtiva e ocupacional nacionalista construída pelo trabalhismo varguista, na Revolução de 1930, é o sintoma mais evidente do avanço imperialista geral de dominação da moeda americana, no quadro da geopolítica internacional, no qual o Brasil se insere de forma subordinada à velha Doutrina Monroe, imposta pelos Estados Unidos, desde 1823

Nova frente de luta

Há, portanto, na proposição dos Centros Socialistas, que Mascaro descreve como nova plataforma de luta política, a reafirmação determinada da organização dos trabalhadores no novo cenário de comunicação dado pelas redes sociais e toda a dinâmica que a direita tem utilizado a seu favor, para aprofundar sua dominação, intensificando alienação de classe, permanentemente, incentivada pelo capital financeiro especulativo, para inviabilizar, a qualquer custo, a emergência social dos trabalhadores rumo ao socialismo e ao comunismo; na verdade, os Centros Socialistas é articulação e organização semelhante aos soviets a partir dos quais desenvolveu e afirmou a grande revolução marxista-leninista na União Soviética, determinada pela ação popular conduzida pela teoria política revolucionária, despertadora da consciência crítica em movimento de transformação dialética.

https://www.brasil247.com/blog/sobre-os-centros-socialistas

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