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Maria Luiza Franco Busse

Jornalista há 47 anos e Semiologa. Professora Universitária aposentada. Graduada em História, Mestre e Doutora em Semiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com dissertação sobre texto jornalístico e tese sobre a China. Pós-doutora em Comunicação e Cultura, também pela UFRJ,com trabalho sobre comunicação e política na China

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E agora?

Nem mesmo a grandeza dos números dá conta de expressar o tamanho da rejeição que provocam o deboche do nazista que ocupa a presidência da República e a cretinice dos que o mantêm no poder para seguir no projeto de passar a boiada

Protesto em Brasília contra o governo Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert)
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O dia seguinte é de lamber a cria e contabilizar o ganho. O #29MFORABOLSONARO mobilizou mais de 420 mil pessoas nas ruas de 213 cidades brasileiras, sendo 21 capitais. No exterior foram 14 cidades de diferentes países, a saber, Portugal, França, Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Inglaterra, Suíça, Uruguai, e Estados Unidos. Nas redes sociais, a manifestação pedindo o fim do governo do nacional genocida e pela reafirmação da luta para a construção do Brasil a partir da soberania e necessidades do seu povo, foi o assunto mais comentado a partir de 1 milhão828mil postagens, com a participação de 202 mil internautas.

Nem mesmo a grandeza dos números dá conta de expressar o tamanho da rejeição que provocam o deboche do nazista que ocupa a presidência da República e a cretinice dos que o mantêm no poder para seguir no projeto de passar a boiada, o que significa botar todo o patrimônio nacional na mão privada de meia dúzia do mercado e submeter a política à economia. Alcançar esse objetivo seria o cumprimento da meta triunfal da turma da Faria Lima e correlatos que delegaram ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a tarefa de realizar o permanente e tão aguardado ultraneoliberalismo.

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Há cinco anos o mundo do trabalho vem sendo golpeado pelo capital que não quer mais saber dessa conversa de direitos trabalhistas, conciliação de classe, e mandou às favas a democracia liberal nos costumes. O golpe de 2016 rompeu com a prática clássica da política brasileira e por isso deixou de combinar com o outro lado que passou a ser considerado inimigo em lugar de adversário. O susto foi imenso, até mesmo paralisante, houve tentativas rechaçadas de rearranjo, a reação custou, mas afinal chegou, sobretudo diante do acontecimento da prisão do presidente Lula. De lá para cá, o caldo da massa foi engrossando. Veio a pandemia e o horror mostrou todo o apetite do cabo e do soldado. Em março de 2020, uma velha raposa no seu posto de observação dos movimentos palacianos preconizou que chegaríamos com 500 mil mortos até julho de 2021. ”E daí? ”, foi a resposta do nacional genocida aos apelos de providência para conter a ceifadeira. Para não ser esquecida, jamais.

A arma é o que a memória guarda, já disse a letra da canção, e o arsenal da insatisfação se manifestou nas ruas se expondo ao corona que já sentou praça ao lado direito da cadeira presidencial. No Rio, calculasse entre 20 e 50 mil que lotaram as principais avenidas do centro da cidade. O governo local não soltou a tigrada, por certo porque ainda está muito fresquinha a chacina na favela do Jacarezinho e mesmo em tempo de guerra híbrida não se abandona a tática convencional dos avanços e recuos. Não foi o caso em Recife, Pernambuco. A Policia Militar mandou bala de borracha e spray de pimenta. A vereadora Liana Cirne, do PT, foi atingida de modo frontal. A ordem de reprimir não partiu do governador. Ele não sabia de nada. Foi atropelado na sua prerrogativa de controle da força policial. Esse é o tempero que o nacional genocida vem espalhando pelo país.  Já tivemos uma mostra com o extermínio do miliciano Adriano, na Bahia. Se não for combatido agora o que aconteceu na manif de Recife, da próxima não haverá metáfora. O spray de pimenta será um tiro na cara a queima-roupa. Marielle não foi à toa.

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Reagimos e não há sinais de recuo. Segue a pandemia. E agora?

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