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Paulo Moreira Leite

Colunista e comentarista na TV 247

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É tudo coincidência?

"O lamentável é que, reproduzindo o pior de sua história, mais uma vez os jornais brasileiros fizeram coro aos interesses do imperialismo", indica

Lula na África (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)
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Enquanto maioria dos países do Conselho de Segurança era favorável a um cessar-fogo em Gaza, grande mídia verde-amarela apoia EUA e multiplica ataques a Lula
Aos poucos, é possível reconstruir o cenário político-diplomático que acompanhou os ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em função de uma entrevista em Adis Abeba, quando ele fez uma declaração que percorreu o mundo:

“Eu fico imaginando o que é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio. O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando Hitler decidiu matar os judeus".

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Como todos recordam, nos dias seguintes Lula foi submetido a um tratamento de choque covarde, como há muito tempo não se via na diplomacia universal.
Como sempre acompanhando o posicionamento da mídia do imperialismo, os grandes jornais fizeram sua parte. 

O Estadão acusou Lula de "vandalismo diplomático". A Folha falou em "desvarios". O Globo disse que ele  deveria "ter a humildade de se desculpar perante o mundo".

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Ainda que o pronunciamento de Lula pudesse gerar polêmicas e argumentos variados, e até possa merecer reparos inevitáveis em qualquer debate político digno desse nome, convém examinar o contexto para compreender tamanha unanimidade contra.

É uma situação de massacre, que em nada reflete o debate internacional, nem a posição da maioria dos governos, mas só espelha o reacionarismo vulgar dos grandes jornais brasileiros.  

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Lula deu sua entrevista numa conjuntura específica da diplomacia internacional -- às vésperas de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, para se debater um cessar fogo na guerra do Estado de Israel contra a população palestina, em proposta apresentada pelo governo da Argélia.

Ao contrário do que muitos brasileiros podem ter sido levados a acreditar, já naquele momento, a ideia a favor da paz, com a qual Lula estava alinhado, era quase unanimidade.

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Os números finais do Conselho mostram isso. Foram 13 votos a favor da paz, 1 abstenção, 1 contra. Explicando: de todos os integrantes do organismo da ONU com a palavra final sobre o caso, só um votou contra -- os Estados Unidos, claro. 

Fazendo número, mas sem mostrar o rosto, o Reino Unido se absteve.  
Compreende-se, assim, o esforço para silenciar Lula. Era preciso desqualificar seus argumentos e esconder o caráter majoritário de sua visão, numa submissão aos senhores do império que apenas ajuda a acobertar a selvageria contra homens e mulheres massacrados em Gaza.

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O lamentável é que, reproduzindo o pior de sua história, mais uma vez os jornais brasileiros fizeram coro aos interesses do imperialismo.

Alguma dúvida?

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