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Camilo Irineu Quartarollo

Autor de nove livros, químico, professor de química, com formação parcial em teologia e filosofia.

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Em tempos de fascismo

Atualmente, vemos um novo Fascismo, representado pela ultra direita no mundo

(Foto: Arquivo)
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O Fascismo existiu além da Itália e na forma do Nazismo alemão, da Ustasha croata, do Franquismo espanhol e no Brasil, pasmem, através do Integralismo. Ainda há fazendas e ruínas ermas da presença fascista em solo brasileiro, oxalá fossem somente sítios históricos sob o capim.

Na Alemanha Nazista, Hitler culpava os comunistas e outros por todos os problemas do país, inclusive pelas cagadas dele mesmo. Tanto que chegou ao poder acusando os comunistas até pelo incêndio do Reichstag, parlamento alemão, depois foram os judeus, os ciganos, os homossexuais, os de necessidades especiais, que destoavam da sociedade “perfeita”. O comunismo, leia-se, vizinho de fronteira com a Alemanha, na Rússia, contra a qual Hitler promoveria uma guerra relâmpago e sucumbiria como Napoleão no século XIX. O ódio ao comunismo se tornou método. Do outro lado do mundo virou bode expiatório também nas Américas: o medão dos vermelhos.

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Inda hoje a frase de que “não se discute com fascistas” faz sentido, pois com esses não há democracia, discussão, diálogo. O Fascismo é uma doutrina de grupo, você tem de pensar como eles, gostar do que gostam, sem questionar. Daí dizer que se há dez fascistas sentados numa mesa e se você ou um ingênuo sentar-se com eles são onze fascistas.

No pós-guerra de 1945, o jornalista e escritor Giovanni Guareschi escreveu vários livros com o personagem Don Camillo, um dos autores mais vendidos. Mesmo debeladas as forças fascistas no pós-guerra havia um clima fascistóide na Itália, de medo e acusações. Os livros de enorme sucesso de Giovanni iam se transformar em filme e seriam exibidos nas salas de cinema. Devido a esse rescaldo fascista, os investidores preferiram lançar o filme na França. Sucesso! No Brasil, virou uma série com Otello Zeloni e Elias Gleizer.

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Dois polos nas histórias de Quareschi. De um lado Don Camillo, pároco do vilarejo de Brescello, e de outro Peppone, o prefeito comunista. Ambos do lugar e amigos desde a mocidade e serviço militar, mas de ideologias opostas. O enredo tem situações inusitadas e dois personagens bem construídos nos quais muitos italianos e europeus podem se ver. 

Na verdade, o prefeito Peppone era um político e talvez qualquer ideologia o servisse, qualquer partido, mas o tal era católico, imaginem. Comunistas são tidos por ateus, mas Peppone, participava da missa, confissões, batizava seus filhos na Igreja, e até rezava! Ao que parece, as coisas na Itália e Europa arrefeciam daquela sanha assassina do Fascismo, em vivências mais comuns e democráticas. 

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Atualmente, vemos um novo Fascismo, representado pela ultra direita no mundo. Na Hungria por Viktor Orbán, Netanyahu em Israel, Milei na Argentina, Trump nos EUA, Wilders na Holanda, bolsonarismo no Brasil e outros representantes não majoritários em vários países, ladrando pelo poder.

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