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Alex Saratt

Alex Saratt, professor de História nas redes públicas municipal e estadual em Taquara/RS e dirigente sindical do Cpers/Sindicato.

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Enegrecimentos e questionamentos

Nós que aqui estamos - em resistência e luta incessante - não arredamos pé das noções, buscas e práticas de Justiça, Bem Estar e Solidariedade, porque a vida é uma só, merece ser protegida e vivida e basta dessa postura de tratar as pessoas como se fossem meras estatísticas.

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Gosto de uma fala do movimento antirracista (não chamo tão somente e apenas de movimento negro porquea causa dos negros e negras não é para si e por todos e todas): "eu vim aqui para enegrecer". Boa colocação: temos vivido há séculos sobre a égide do "enlightment", porque não enegrecer e, tal como perícia, no escuro o contraste que nos dê a visão.

Dito isso, vamo-nos ao que pontualmente interessa: aquilo que "ninguém" pode - porque não consegue - responder. Seriam perguntas, mas vou colocá-las sob forma de afirmações, mesmo porque não me faltam razões (não no sentido de mero motivo, mas no óbvio fato de que são racionalizações).

Estamos às portas de 400 mil mortes.

2021 já foi mais mortífero do que todo o ano de 2020.

Em boa parte do país é vinda a estação fria, úmida e das doenças respiratórias.

A curva de contágio e morte até caiu, mas estamos longe de qualquer patamar de controle, segurança e normalidade.

A vacinação segue vagarosa e tem sua eficácia comprometida.

Na Educação, os índices outrora abaixo da média passaram ao triplo onde se reabriram escolas.

Não há vacinas para imunizar crianças e adolescentes.

Homeschooling e doutrinação ideológica desapareceram do vocabulário conservador.

As maravilhas da tecnologia, também.

Todos concordam com a vacinação prioritária dos educadores, mas quase ninguém o faz.

As constatações científicas, epidemiológicas e sanitárias cedem vez às pressões políticas, interesses econômicos e negacionismo social.

A vida não passa de um valor de troca sob o capitalismo.

Seriam intermináveis e inquestionáveis as sentenças que deixam de ser respondidas dentro da racionalidade e humanismo pelos sacerdotes da Morte, mas parece que essas já são suficientes para declarar - sem margem de dúvidas - que nossas escolhas têm sido hostis, dando ao erro caráter de acerto e ao falso força de verdade.

Nós que aqui estamos - em resistência e luta incessante - não arredamos pé das noções, buscas e práticas de Justiça, Bem Estar e Solidariedade, porque a vida é uma só, merece ser protegida e vivida e basta dessa postura de tratar as pessoas como se fossem meras estatísticas.

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