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Michel Zaidan

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Holocausto do povo palestino

A luta pela criação do Estado Palestino autônomo e soberano vai custar muitas vidas. Israel se opõe a essa reivindicação justa e necessária

Pessoas fogem de suas casas em meio aos ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza, 8 de outubro de 202 (Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

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Não sou antissemita, até  porque tenho sangue semita nas veias, como descendente de árabes-libaneses. Mas sou contra o sionismo, como projeto de expansão e ocupação  territorial, produto da criação de um Estado tardio, após  a 2ª Guerra Mundial, por decisão da ONU, com o voto de um brasileiro, Oswaldo Aranha, em terras densamente povoada por Árabes por todos os lados e  que habitavam a Palestina há muito tempo.

Alegam os fundamentalistas que foi Davi e Salomão quem doaram as terras palestinas  ao povo judeu. E que depois da diáspora provocada pelo Império romano, os israelitas tinham direito a retomar seu lugar no Oriente Médio. As manobras políticas e diplomáticas para trazerem da Europa Central os judeus e diminuir as tensões sociais e a vinda dos judeus agrários  da ex-União Soviética, que vieram atrás de uma gleba para cultivar, contou com a ajuda da  casa dos Rothschild e do projeto de construir uma barreira civilizatória no Oriente Médio contra a barbárie* do mundo árabe.  

Naturalmente,  a criação  de um Estado judeu em terras palestinas  estava destinado a provocar guerras e conflitos  com os vizinhos. O processo de expansão, ocupação  e anexação  de territórios vizinhos era previsível. Depois da Guerra dos Seis Dias, Israel  anexou e ocupou a faixa de Gaza e a Cisjordânia, onde controla o acesso por terra, por mar e pelo espaço aéreo. 

Os mais de 2 milhões  de palestinos que habitam esses territórios vivem em condições  sub-humanas, sustentados por fundos da União Europeia. Vivem em acampamentos  e barracas, sem infraestrutura, economia sustentável, liberdade. 

A luta pela criação  do Estado Palestino autônomo e soberano vai custar muitas vidas. Israel se opõe a essa reivindicação justa e necessária. Até  um muro ilegal foi construído em terras palestinas,   com uma vigilância contínua do ir e vir dos palestinos  que trabalham ou vivem em Israel. 

A cidade de Jerusalém, que pertence a três religiões, é controlada por Tel Aviv como se fosse sua. As incursões militares de grupos armados como o Hamas são o triste  diagnóstico  de que não há saída negociada para a liberdade da Palestina e a criação de seu Estado. Perda das esperanças de que se aceite a convivência pacífica de dois Estados com a integralidade de seus territórios. Que haja grupos que desejem destruir Israel não justifica essa política de ocupação   opressão  do povo palestino. 

Não se trata de mera luta pela  sobrevivência, mas uma luta pelo chamado espaço vital  (lebenhause). Expansão  territorial desse pequeno Estado criado artificialmente depois da 2ª Guerra. 

Não há o que fazer. Resistir, resistir. Até  o fim.

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