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Michel Zaidan

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Limpeza étnica e destruição de Gaza

O destino dos milhões de palestinos pouco importa diante das razões de Estado do governo israelita. Sua fúria sanguinária faz pouco caso das vidas humanas

Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

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Duas afirmações  que se completam: a da limpeza étnica do povo Palestino e a  destruição da infraestrutura  da faixa de Gaza. Esta última visa tornar inabitável para os palestinos viverem em Gaza. Se isso ocorrer, depois desse massacre, Israel terá anexado de uma vez o território e poderá assentar muitos colonos judeus em terras palestinas,  sem risco de serem repelidos por seus legítimos donos. 

Até parece que o preço das mortes de 1400 israelitas vai compensar não só  a morte de 10.000 palestinos, até hoje, mas sobretudo  a extensão territorial  de Israel do pequeno país  incrustado em terras Árabes, com o fim da 2ª Guerra Mundial. 

É cruel e dolorosa essa afirmação. Os civis judeus não merecem essa equação. Eles não estão em guerra contra os palestinos. Mas o plano estratégico de BIBI é diabólico. Ele não vai parar essa guerra desigual e sanguinária, até expulsar o povo palestino da faixa de Gaza, inviabilizar sua volta, destruir a infraestrutura do território e depois, ocupá-lo  militarmente.

 O destino dos milhões de palestinos  pouco importa diante das razões de Estado do governo israelita. Sua fúria sanguinária faz pouco caso das vidas humanas, sobretudo se for árabe.

Enquanto  isso, os países árabes negociam a ajuda necessária e pesam seus interesses econômicos  e geopolíticos, no Oriente Médio. Divididos e omissos como sempre. O colonialismo europeu fez a sua obra de divisão. Agora, Israel colhe seus resultados. A  diplomacia vive de gestos e proclamações. Em busca do Santo Graal do impossível consenso entre o expansionismo sionista e a existência  legítima de um Estado palestino, com fronteiras delimitadas, livre, autônomo  e soberano. E o número de vítimas inocentes  só aumenta.

É preciso acabar urgentemente com essa guerra genocida, antes que outros desdobramentos catastróficos se sobreponham no Oriente Médio, que de” terra santa” virou o “vale da sombra da morte”, como diz o conhecido Salmo 23, muito do gosto dos evangélicos sionistas e de um certo ramo do pentecostalismo americano.

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