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Josué de Souza

Professor, Cientista Social e autor do livro Religião, Politica e Poder (EDIFURB)

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(Foto: Pixabay)
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Esta semana Santa Catarina figurou na imprensa nacional novamente. Mas calma, segura o eufemismo porque não há nada para se orgulhar. Desta vez, um homem que assassina a sua mulher e um filho de três meses e foge.  O assassino confesso, diz não lembrar como fez, e o que fez.  Porém, antes de ser preso foi preso no interior de São Paulo, empregou fuga por pelo mesmo três estados do país. É suspeito de um outro feminicídio.

Infelizmente, o fato ocorrido esta semana não é um acontecimento isolado. Violência contra mulher é uma epidemia, um fato tão recorrente que quando acontece, parece já ser notícia velha.  Infelizmente o tema só ressurge na esfera pública quando a vítima ganha nome e rosto. Segundo a Associação dos Magistrados Catarinense (AMC). Em Santa Catarina o número de feminicídio tem crescido, De janeiro a julho já foram assassinadas 65 mulheres, enquanto em todo o ano passado foram 97.

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O fenômeno da violência doméstica assenta-se no machismo e no patriarcado.  Na ideia de que por características de nascimento os homens são biologicamente superiores e por isso tem o direito de dominar as mulheres, tratando-as como posse. Esta ideia, assenta-se em crenças e relações de poder. Divide as pessoas pela cor da roupa que elas devem usar, pelo comportamento que ela deve ou não ter.  Uma ideia cega, de uma sociedade em que normatizando os papéis de gênero, esconde e legítima casos graves de violências.

A vacina contra a epidemia violência doméstica já existe. Chama a educação. Familiar e escolar. Ensinar e debater a próxima geração que é possível desenvolver relações igualitárias é possível e um dever de toda a sociedade e em todos espaços públicos e privados. Precisamos falar disto sem medo de censura ou pânico moral populista. Os machistas não podem vencer! Assim como também as mentiras e as Fake News.

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Os que censuram este debate sobre diversidade, são os que promovem notícias falsas contra escolas e professores, quando estes buscam debater o preconceito e desigualdades relacionadas às características e representações sociais. Não podemos esquecer que esta cidade também foi notícia nacional por proibir a palavra gênero nas escolas. Até diversidade de gênero alimentício proibiram. Infelizmente estão aí e serão reeleitos graças as mentiras, ao negacionismo científico, pânico moral sobre banheiro neutro, trocas de sexo e mamadeiras de piroca.

O sangue da mulher e da criança que foi morta esta semana está nas mãos daqueles que fazem populismo político com a vida alheia. Que defendem que o machismo é normal, que as mulheres são seres inferiores, fruto de uma mera fraquejada e por isso, desigualdade de gênero não deve ser debatido ou superado.  Quantas vidas ainda vamos perder?

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