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Maria Luiza Franco Busse

Jornalista há 47 anos e Semiologa. Professora Universitária aposentada. Graduada em História, Mestre e Doutora em Semiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com dissertação sobre texto jornalístico e tese sobre a China. Pós-doutora em Comunicação e Cultura, também pela UFRJ,com trabalho sobre comunicação e política na China

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Morolmente inviável

Com a absolvição, Sergio Moro segue senador, atuando no parlamento e nas mídias

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Sergio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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A naturalização da máxima “tragédia anunciada” vem funcionando como forte influenciadora para a regressão do sentimento e da capacidade crítica necessária para a produção de se indignar e reagir a situações injustificáveis. A jornalista e escritora Daniela Arbex, dedicada à defesa dos direitos humanos, disse em entrevista no programa Trilha de Letras da TV Brasil para lançamento de seu livro ‘Longe do Ninho’ que “a impunidade alimenta a próxima tragédia”. Mais uma vez Daniela escreve certo ao fornecer a máxima da resistência aplicável a todas as linhas tortas que vêm destruindo a democracia pelo que tem de si mesma como previsto pelos nazistas quando inauguraram o novo modo de organizar o Estado e o Poder. Não custa lembrar o que publicou o jornal nazista ‘Observador Nacional’, em 1933: “O sistema parlamentar capitula (...). Um grande empreendimento começa!”.  

No mesmo marco temporal em que o programa lítero-cultural passava na TV Pública, o julgamento do senador Moro também era transmitido e divulgado em todos os meios de comunicação. O ex-juiz era acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2022 e foi absolvido pela unanimidade de 7 a 0 do crime que resultaria na cassação do mandato. O pleno do Tribunal Superior Eleitoral acompanhou o argumento do ministro relator do processo, Floriano de Azevedo Marques, de não haver provas que justificassem a penalidade. Mas Floriano Marques fez reprimenda ética e moral: "Tais gastos se mostram censuráveis, mormente por candidatos que empenharam a bandeira da moralidade na política. todavia, para caracterizar uma conduta fraudulenta é preciso mais do que o estranhamento, indícios, suspeitas ou convicção, é preciso haver prova, e prova robusta", disse o relator.

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Com a absolvição, Sergio Moro segue senador, atuando no parlamento e nas mídias. Já disseram que na Política, moral e ética são uma questão de hora, lugar, geografia e, acrescento, narrativa. O senador Sergio Moro, personagem que incorpora tantos exemplos edificantes conferidos pela mídia corporativa, agora, ao que parece, pode ostentar mais esse de símbolo vívido de máximas que se naturalizam. O bom da história é que sempre haverá Danielas. 

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