Mulher evangélica agride funcionário homossexual e diz que “veado” vai para o inferno
Ao ser orientada pelo funcionário da agência, de que deveria seguir as recomendações de distanciamento social, a mulher passou a hostilizar o jovem com ofensas de cunho homofóbico e a danificar objetos e equipamentos da empresa
Um funcionário de uma agencia de viagens, que fica dentro do terminal rodoviário de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá no Mato Grosso, foi agredido verbal e fisicamente por uma mulher de 42 anos, que desobedecia o limite de distância recomendado pelas autoridades sanitárias, ao adentrar a agencia a procura de uma passagem. O caso aconteceu no último domingo (28).
Ao ser orientada pelo funcionário da agência, de que deveria seguir as recomendações de distanciamento social, a mulher passou a hostilizar o jovem com ofensas de cunho homofóbico e a danificar objetos e equipamentos da empresa. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver a agressora segurando o funcionário pela camisa, já do lado de fora da agência e ele tentando se desvencilhar dela.
Na sequência, ela o questiona se ele era homem ou “veado”. Ao que o funcionário responde que era sim “veado”, ela diz que “Se fosse homem, me mandava. Mas é ‘veado’, então não me manda”. Advertida pelo funcionário de que estava sendo homofóbica, ela se revelou evangélica e “serva de Deus“ e perguntou se o funcionário sabia que “veado” iria para o inferno. “Você nasceu homem. Quer ser mulher? Então bota uma minissaia”, dizia ao jovem enquanto o mantinha seguro pela camisa.
Após conseguir se soltar, o funcionário retornou para o interior da agência, onde foi perseguido pela mulher que a essa altura, havia se armado com uma barra de ferro para agredi-lo. Segundo testemunhas, além de seguir com ameaças e ofensas homofóbicas, como: “Odeio veado”, “vou te matar” e “Veado não entra no céu”, a mulher começou a desferir golpes de barra de ferro, contra os equipamentos da loja, quase atingindo o funcionário.
A Polícia foi acionada para deter a agressora e ela foi encaminhada a Delegacia, onde teria sido presa pelos crimes de homofobia, lesão corporal, dano e injúria mediante preconceito. A evangélica, que não teve a sua identidade revelada, resistiu à prisão e tentou intimidar aos policiais, se dizendo parente de uma autoridade local. O funcionário vítima da agressão, também não teve a identidade revelada.
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