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Josué de Souza

Professor, Cientista Social e autor do livro Religião, Politica e Poder (EDIFURB)

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Notas, sobre o primeiro turno da eleição em Santa Catarina

Décio Lima, Lula e Bia Vargas (Foto: Reprodução/YouTube)
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Por caquete de cientista social, optei por aguardar para “fechar” uma análise sobre o primeiro turno da Eleição de 2022. Quem come quente, pode queimar a língua. Segue algumas notas:

  O PL

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Vitaminado pelo recurso do orçamento secreto e pelo bolsonarismo, o Partido Liberal tornou-se o maior partido da força parlamentar no Brasil.  Jair Bolsonaro recebeu 62,2% dos votos válidos em Santa Catarina, percentual praticamente idêntico aos 65,8% que teve na eleição de 2018. O partido elegeu 6 deputados federais e 11 estaduais. Esperar a sustentabilidade desta engenharia. Em 2018 o PSL também teve um desempenho parecido. Hoje não existe mais.

A extrema direita

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Não só em Santa Catarina, mas no Brasil elegemos um congresso fortemente influenciado pela extrema-direita. O grupo disruptivo em Santa Catarina fez a deputada federal e a estadual mais votada e contou ainda com a eleição do improvável Zé Trovão (PL).  Pelo Brasil, elegeu-se Ricardo Sales (SP), Damares (Republicanos -DF), Marcos Pontes (PL – SP), Magno Malta (PL – ES) e Sérgio Moro (União – PR). Sucesso porém que não representou a hegemonia de Bolsonaro nos votos para a presidência.  Pela primeira vez desde a redemocratização, o presidente que está no poder não consegue chegar na dianteira no primeiro turno.  Mesmo com todo o dinheiro que ele torrou: Orçamento Secreto, Auxilio Brasil, Auxílio Caminhoneiro e etc.

A esquerda

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Saiu fortalecida. O Partido dos Trabalhadores amplia votação e presença na Câmara Federal e na ALESC. Em Santa Catarina o Partido elegeu 2 deputados federais e 4 deputados federais.  Pedro Uczai (PT) e Luciane Carminatti (PT) foram os segundos mais votados para a Câmara Federal e Estadual. PSOL também terá uma cadeira no parlamento Estadual. Décio Lima (PT) irá disputar pela primeira vez o segundo turno. Na nacional, Lula teve 57,2 milhões de votos, a maior votação de um presidente em primeiro turno na história do Brasil. Faltou apenas 1,4% dos votos para levar no primeiro turno.

A direita de sapatênis

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A direita tradicional, que já havia perdido espaço em 2018, encolheu ainda mais.  Os tucanos e o MDB encolheram, aqui e em Brasília. Qualquer força política que se aproxima do Bolsonarismo é sufocada por elas. Exemplo disso é o Partido Novo, linha auxiliar do bolsonarismo, que encolheu nacionalmente. Sua bancada federal, de oito para três deputados, aquém da cláusula de barreira.  Faltou meritocracia para a bancada do sapatênis!

O voto religioso

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Em Santa Catarina Ismael dos Santos (PSD), troca a ALESC pela Câmara Federal e rouba a cadeira de representante da Assembleia de Deus de Geovânia de Sá (PSDB) Na Sérgio Motta (Republicanos) vai representar a Igreja Universal, Jair Miotto (PDT) vai representar a Igreja Quadrangular e Marcos da Rosa (União) representará a Assembleia de Deus. No Brasil todo 28 deputados federais, estaduais e distritais eleitos se apresentaram ao eleitorado com denominações evangélicas, sendo 16 como pastores. A esquerda elegeu o Pastor Henrique Vieira deputado federal pelo (PSOL – RJ).

Os partidos

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Caiu o número de partidos políticos no congresso. Caiu de 16 para 10. Voltamos ao número do governo FHC e Lula.  Isso melhora a governabilidade, facilita para o eleitor e fortalece os partidos políticos.

A violência

Não podemos esquecer que durante a campanha foram mortas três pessoas em todo Brasil. Esta eleição já está maculada pela violência política.  Não há dois extremos. Há de um lado a democracia e de outro a barbárie.  O bolsonarismo legitimou o Bacurau eleitoral.  Sobrou Fake News, terra planismo eleitoral e xenofobia. Sobretudo nos últimos três dias da eleição e no dia do certame. De inteligência russa interferindo nas urnas a Ciro Gomes (PDT) declarando golpe militar.  Recebi de tudo.

O segundo turno

A tendência é um remake do primeiro turno. É pouco provável que o eleitor troque de opção no segundo turno. Nas pesquisas, e os desempenhos de Bolsonaro e Lula estão mais ou menos congelados desde a última eleição. De alguma forma, ainda estamos em 2018.  

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