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Francisco Calmon

Ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça; membro da Coordenação do Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo. Membro da Frente Brasil Popular do ES

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O Banco Central venceu. O Brasil perdeu mais uma

As doses homeopáticas da redução de juros é a sádica asfixia da economia em prol do rentismo

Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Ricardo Stuckert/PR | BC | Marcos Oliveira/Agência Senado)
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Lula, o encantador de serpentes políticas, perdeu a queda de braço para Bob Fields Neto, o indomável prócere do mercadismo.

As doses homeopáticas da redução de juros é a sádica asfixia da economia em prol do rentismo.

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Enquanto a banca não aprontar as suas possíveis e eventuais perdas (diminuição de ganhos) com a redução de juros em relação aos papéis vendidos anteriormente à vitória do Lula, o BC persistirá com a política monetária na contramão dos interesses do desenvolvimento econômico-social do país.

O que está intrigando é a passividade dos três diretores indicados pelo Presidente da República, eleito com a promessa de reduzir os juros.

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Nem mesmo para fazer o contraditório, a ata do Copom é uma peça uníssona. Gravíssimo, pois passa a ideia de que não há outro caminho fora esse dirigido pelo Roberto Campos Neto.

Mantiveram a segunda maior taxa de juros real do mundo. Ajoelhemos todos e dizemos amém?

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O ex-número dois do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, tão festejado como o quadro capaz de mudar a política do BC, e a sua saída do Ministério foi até temida de levar enfraquecimento à gestão do Haddad, não foi sentida e nem fez efeito no BC até o presente.

Será que tudo foi encenação da política de fantasias e pensamentos desejosos? É o marketing do Imaginário para anestesiar às críticas e pressões sobre o governo?

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Será que, como começam a dizer os fazedores de platitudes simplórias e extremadas, está tudo combinado?

Não creio, talvez porquê a postura dos partidos progressistas até a militância de esquerda continua na defensiva, temerosas das atitudes neonazifascistas. Afinal, é um atentado sobre outro ao Estado democrático de direito, sem recreio. É luta de classes.

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Golpe monocrático do ministro Gilmar Mandes, impedindo a presidenta Dilma de nomear Lula como ministro do seu governo; lavajatismo subvertendo o devido processo legal e fazendo o uso da lei como arma de guerra para destruir o adversário, como um inimigo; o golpe do impeachment derrubando a presidenta Dilma, legitimamente eleita pelo voto; prisão de Lula, absolutamente ilegal e arbitrária; eleição de 2018 eivadas de irregularidades; a justiça corrompida e acovardada, quando não conivente, omissa, naquela quadra.

Frente a esse mosaico golpista, os trabalhadores assistiram os seus direitos trabalhistas e humanos serem sequestrados sem conseguir uma forte e efetiva resistência.

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Nova eleição, Lula ganha por margem estreita e compromissado com uma frente amplíssima. Transição precária e o governo inicia mantendo bolsonaristas na estrutura do Estado.

Sinais inquietantes de golpe durante as eleições de 2022 e mais evidentes após a eleição; de onde virá, quando e como, eram as interrogações?

Quando as forças democráticas achavam que golpe não ocorreria mais, mesmo com muitos quadros de fora do governo alertando, com base na história, a intentona ocorreu em 8 de janeiro.

Uniu as instituições em defesa do Estado democrático de direito. Foi um marco importantíssimo!

O trabalho de transição não fez o principal dever de casa: mapear os recursos humanos na máquina estatal, para circundar os gargalos, pontos críticos e aparelhamentos político-ideológicos.

Essa atividade é essencial para um diagnóstico de desenvolvimento organizacional, comum ao conhecimento de qualquer técnico de OeM e Sistemas e de muitos gestores experientes.

Historicamente governos progressistas são cercados pelos três êmes – militares, mídia, mercado – e o atual está muito mais cercado, pois ainda têm o presidente da Câmara e do Senado nesse cerco.

Ocorre que a fracassada intentona de 8/01 teve um duplo efeito: por um lado, fortaleceu o governo e demais poderes da República, por outro, enfraqueceu os trê êmes.

A partir daí a morosidade tomou conta, mesmo com a CPI, com Alexandre de Moraes e a assertividade da presidenta do PT, Gleisi.

E a surpresa se repete com a descoberta da Abin marginal. Mas, não a de que o genocida golpista, Bolsonaro, e sua quadrilha já deveriam estar respondendo a processos penais e presos, porque soltos são graves ameaças ao Estado democrático de direito.

Bolsonaro está em surto ideológico!

O aparelhamento do Estado pelo capital financeiro tem no BC o seu bunker poderoso. E como presidente um bolsonarista, paladino do ultra neoliberalismo, assaz resiliente.

Nem todos os adversários do estado de bem-estar social agem na violência, há os que vão mudando a Constituição, muitas vezes sorrateiramente. E, para tanto, contam com o presidente da Câmara, Lira, em primeiríssimo lugar, e com o do Senado, Pacheco, cujo projeto de parlamentarismo ou semipresidencialismo, sem legitimidade pelo sufrágio universal do povo brasileiro, viceja. Há contradições entre eles, porém, não tão grandes.

A pescaria da familicia em Angra dos Reis foi mais um deboche ao sistema de justiça.

A mente diabólica do filho Carlos, a obsessão sociopata do pai Bolsonaro pela autocracia genocida e as ligações de toda a família com as milícias, é o quadro mais incestuoso da moralidade pública.

A questão não é mais o porquê prender Bolsonaro e quadrilha, mas, por que não prender?

Os três êmes não assistirão o êxito do governo Lula como a moça assistiu a banda passar.

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