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Jair de Souza

Economista formado pela UFRJ, mestre em linguística também pela UFRJ

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O pacotão gringo de autoajuda

"Mais de US$ 100 bilhões foram disponibilizados para o fornecimento de equipamentos armamentistas e munição a Israel, Ucrânia e Taiwan", diz Jair de Souza

Joe Biden (Foto: ELIZABETH FRANTZ/REUTERS)
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O Congresso estadunidense acaba de aprovar alguns pacotes de ajuda militar a certos países em pontos estratégicos para o embate geopolítico. No total, mais de 100 bilhões de dólares foram disponibilizados para o fornecimento de equipamentos armamentistas e munição a Israel, Ucrânia e Taiwan.

As razões para a concessão de tão volumosos recursos aos citados países não têm absolutamente nenhuma vinculação com preocupações humanitárias, muito pelo contrário.

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Se, de fato, os Estados Unidos almejassem fornecer ajuda em função de necessidades vitais prementes de outros povos, neste momento, estariam destinando todos esses bilhões de dólares para, por exemplo, a reconstrução da Palestina arrasada e o saciamento da fome de milhões de pessoas encurraladas na Faixa de Gaza. Essa população vem sendo vítima de um monstruoso processo de extermínio executado pelas forças sionistas do Estado de Israel. O morticínio e a destruição que estão sendo praticados pelos sionistas naquela região é algo sem paralelo desde os tempos da Alemanha hitlerista.

Porém, em lugar de a ajuda estadunidense estar sendo oferecida às vítimas das atrocidades sionistas, esse dinheiro tem o propósito de equipar ainda mais militarmente os algozes que estão praticando o genocídio. Por mais abominável que possa parecer, os Estados Unidos parecem crer que as forças genocidas israelenses estão diante de alguma séria ameaça por parte dos palestinos.

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Para que o sionista Estado de Israel precisaria de mais armamentos do que o que já dispõe? Mesmo com a imensa covardia que lhes é característica, os sionistas não necessitam de nenhum recurso bélico adicional para massacrar um povo inteiramente desarmado. Ou, será que os congressistas estadunidenses acreditam que os palestinos estão agora muito melhor equipados para o enfrentamento com o exército sionista devido ao enorme aumento de pedras surgidas nos escombros de todos os hospitais, escolas e moradias que foram arrasados pelos sionistas? Só pode ser esta a lógica imperante nos congressistas de Washington!

Por sua vez, o regime neonazista da Ucrânia deve estar sendo premiado pelos crimes que diuturnamente comete contra as populações civis das regiões em torno de Donbass. Porque, têm sido os neonazistas ucranianos os principais responsáveis pela grande tragédia que está acometendo aquelas populações de língua e cultura russas que habitam há centenas de anos aquelas terras. Entretanto, uma vez mais, ao invés de servir para amparar as vítimas, os recursos são dedicados a tentar fortalecer os vitimários.

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Pela mesma ótica, podemos analisar o envio de dinheiro a Taiwan com vistas ao fortalecimento de suas estruturas militares. Por que os Estados Unidos desejam reforçar militarmente uma ilha que eles próprios reconhecem como sendo parte integrante da China? Seria por falta de coerência ou por hipocrisia? Talvez, a melhor resposta seja com a soma dos dois itens.

No entanto, precisamos sempre recordar que para tentar manter sua hegemonia no planeta, os Estados Unidos só podem contar com seu poderio militar, visto que em termos de disputas meramente econômicas, eles não têm a mínima possibilidade de competir com a China. À exceção da indústria bélica, os Estados Unidos já foram superados pela China em todos os demais campos. Assim, aferrar-se de corpo e alma na força militar parece ser a única válvula de escape para o imperialismo estadunidense.

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Na verdade, ao conceder a certos países de seu interesse estratégico toda essa ajuda financeira-militar, além de semear discórdias para atasanar a vida de seus principais rivais da atualidade (China e Rússia), o que os Estados Unidos buscam é uma forma de manter viva sua economia, cuja principal pujança depende da indústria da morte, ou seja, da produção de armamentos. E, ao conceder créditos com a obrigatoriedade de que sejam utilizados na compra de armamentos de sua própria produção, tais pacotes de ajuda acabam sendo, em realidade, instrumentos de autoajuda para a subsistência dos Estados Unidos como grande potência.

O vídeo disponibilizado nestes links (https://www.dailymotion.com/video/x8xkum6 ; https://youtu.be/zJwSAxdkycg ) nos apresenta uma boa síntese do significado e das consequências dos pacotes de ajuda militar recém aprovados. Vale a pena dedicar 10 minutos para vê-lo com toda a atenção.

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