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Maria Luiza Franco Busse

Jornalista há 47 anos e Semiologa. Professora Universitária aposentada. Graduada em História, Mestre e Doutora em Semiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com dissertação sobre texto jornalístico e tese sobre a China. Pós-doutora em Comunicação e Cultura, também pela UFRJ,com trabalho sobre comunicação e política na China

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O tamanho do problema

Diante da realidade, não há mais espaço para ilusões no nosso campo progressista e de esquerda. Não vivemos numa república de anjos, como disse um dos signatários da constituição norte-americana, e por isso temos um problema.

Jair Bolsonaro (Foto: Adriano Machado/Reuters)
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Nunca antes na história deste país, desde a Proclamação da República, Exército, Marinha, e Aeronáutica, suspenderam o desfile do 7 de setembro, manifestação oficial em que exibem suas forças, mesmo que precárias, com o objetivo de afirmar o acontecimento que rompeu os laços de dependência direta com Portugal. O espetáculo militar nas principais avenidas das maiores capitais teve sempre por tradição encenar para o povo o que dizem as palavras do hino ‘Canção Fibra de Herói’: “Se a pátria querida for envolvida pelo inimigo, na paz ou guerra defende a terra contra o inimigo”, e por aí vai. Ou melhor, ia.

Às vésperas do bicentenário da Independência em 2022, as forças armadas preferiram recuar diante da convocação da extrema-direita liberal e nazifascista de ocupar a Esplanada dos Ministérios nesta data, com o propósito de acabar de vez com o que sobrou da democracia, que saiu de cartaz desde quando o nazista que se apropriou da presidência dedicou seu voto a favor do impeachment da presidenta Dilma ao torturador seu herói, no microfone do plenário do Congresso. Em lugar de ser retirado algemado, foi eleito presidente do Brasil, e a senhora democracia fez as malas. Não se brinca com a democracia.

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Mas brincou-se e deu nesta tragédia. Entre mais de meio milhão de mortos pelo covid e compra de vacina negociada pelo critério do melhor para o bolso dos gestores, contingentes das instituições de segurança pública estaduais e municipais, junto com milícias, todos muito bem armados, aderiram ao projeto reacionário e assassino do nazista que ocupa a Casa de Vidro do planalto central. Como seria o encontro no eixo de Brasília entre as Forças Armadas constitucionais e as forças que sairão dos quarteis de polícia? Além dessa, fica a melhor pergunta feita por um jornalista amigo: Quem vai controlar a Polícia Militar?  As FAs já mostraram que não serão elas. Recolheram seus tanques, blindados, e efetivo, para não participa de um possível confronto fardado ou da adesão definitiva à causa do evidente horror que segue em tática de aproximação sucessiva para afinal saltar o alambrado. 

Diante da realidade, não há mais espaço para ilusões no nosso campo progressista e de esquerda. Não vivemos numa república de anjos, como disse um dos signatários da constituição norte-americana, e por isso temos um problema.  

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