Quem vai parar o genocídio do povo árabe pelo Estado de Israel?
Esse holocausto terá consequências psicológicas, sociológicas, jurídicas e geopolíticas que irão durar muitos e muitos anos
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Hoje, dois de novembro, feriado nacional pelo dia de finados, uma data em que as pessoas homenageiam seus entes queridos falecidos, no Brasil e em outras localidades do mundo ocidental e cristão.
Neste ano o dia dos mortos está sendo todos os dias na Ucrânia e em Israel e Gaza, os vivos é que não sabem se no amanhã continuarão vivos ou entrarão para a estatística das guerras .
Esse holocausto terá consequências psicológicas, sociológicas, jurídicas e geopolíticas que irão durar muitos e muitos anos.
O DNA da espécie estará comprometido em sua humanidade, como um retrocesso histórico na sua evolução civilizatória.
Os sobreviventes desse morticínio criminoso e seus descendentes estarão marcados indelevelmente.
Se os judeus vítimas do holocausto nazista estão sendo capazes de repetir as crueldades que sofreram, ficará para a história como exemplo a ser seguido pelas novas vítimas?
Se Israel não sofrer punição pelos seus crimes, semelhante à que a Alemanha sofreu, será o atestado de que a vingança punitivista desmedida passará a ser uma nova lei de talião (a de Bibi neonazista).
A possibilidade da existência de um Estado árabe nestas e nas futuras circunstâncias virou uma quimera. Mais prováveis novos pesadelos do que o sonho árabe, formalizado em resolução da ONU, ser realizado.
Em 1947, através da Resolução 181, a ONU criou o Estado de Israel e o Estado da Palestina.
Na divisão das terras estabelecida na resolução, 55% para os judeus e 45% para os muçulmanos, embora a população dos muçulmanos fosse o triplo da de judeus.
Israel ficou com um território maior e terras mais férteis.
Os judeus aceitaram, obviamente, a divisão, os palestinos rejeitaram, e nunca mais houve paz.
Atualmente a ciranda da resolução da ONU está igual a cantiga popular:
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar.
Enquanto os EUA persistirem em sua postura beligerante mundo afora e tiver direito de veto no Conselho de Segurança não haverá paz.
A falência da ONU é o enterro da Declaração dos Direitos Humanos!
Pensava-se que após a tragédia da segunda guerra mundial, a criação de uma entidade de nações unidas e a nova plataforma civilizatória com a declaração de DH, estaria assegurado o caminho evolutivo da espécie em seu caráter humanitário, sem retorno a novas tragédias semelhantes àquelas produzidas pelo eixo do mal: Alemanha, Itália e Japão.
Terrível engano!
Um genocídio televisado, com plateia, com torcida para um lado e para outro, e uma mídia ocidental inteiramente cúmplice desse novo holocausto.
Os meios corporativos de comunicação no Brasil dão asno, nojo, produzem ânsia de vômito, de tão parcial, desleal com a verdade dos fatos e da história.
Os jornalistas que prestam serviço acrítico com a ideologia dos seus patrões, se têm família, se nutrem sentimentos de amor, paz, fraternidade e solidariedade, pelo menos entre os seus, responderão aos filhos e netos, sobretudo à história, como seus antecessores ficaram marcados sob o peso da memória e verdade do golpe de 64 e dos crimes de lesa-humanidade da ditadura militar.
O ano de 1968 foi o ano internacional de rebeldia da juventude ao sistema, aos seus valores ideológicos, aos costumes conservadores e à opressão política e espoliação econômica.
Não faça a guerra, faça o amor, é proibido proibir, pelos direitos civis, pelas liberdades democráticas, pelo sexo livre de tabus, contra o machismo, pela experimentação e discussão sobre as drogas, foram entre outras as pautas daquela geração internacional.
Um ano de efervescência cultural e política.
A liberdade foi castrada, as manifestações reprimidas com violência, prisões das lideranças, exílios, assassinatos como o do líder negro estadunidense, Martin Luther King, e a morte do estudante Edson Luís, assassinado pela PM do Rio de janeiro, e o ano político não terminou, foi interrompido com a democracia em desmonte, ficou para a história.
A violência do sistema semeou a contra violência revolucionária.
2023 está sendo um ano de guerras e muita violência.
Sem democracia e paz os povos não serão felizes, os países continuarão a fazer a guerra e o planeta cada mais vez próximo de uma crise funesta.
Os árabes e os israelenses, judeus e mulçumanos, contrários às mortes de crianças, mulheres, enfermos e demais civis, aos bombardeios a hospitais e ao campo de refugiados, não devem assistir passivamente a esse genocídio, ambos os povos e respectivas religiões ficarão descreditadas por gerações e gerações se não se levantarem em todos os territórios onde estiverem e numa corrente humana exigirem o imediato cessar fogo humanitário.
Judeus e mulçumanos unidos têm a força única capaz de dar um basta ao massacre na Faixa de Gaza. Se não o fizerem já, perante à comunidade humana, à história e aos seus deuses, negarão tudo o que pregam, tudo o que creem e são, pois virarão párias da espécie.
É assim que querem ser lembrados, como assassinos de crianças, mulheres, enfermos, desprovidos de sentimento de compaixão e solidariedade?
Os países favoráveis ao fim imediato do conflito, especialmente os que foram favoráveis às moções apresentadas na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança da ONU, deveriam suspender relações com Israel até o cessar fogo.
À guisa do ano de 1968, das gerações que lutaram por seus sonhos, é imperativo histórico fazer do ano de 2024 a antítese do atual, que seja o ano de luta pela paz.
Tornemo-nos rebeldes à guerra, sejamos militantes da coexistência pacífica entre os povos e pela paz universal.
Que os artistas e atletas sigam os exemplos do maior pugilista de todos os tempos, Muhammad Ali, (ex-Classius Clay), que se negou a ir, como reservista, lutar pelos EUA na guerra do Vietnam, e da consagrada artista americana, Jane Fonda, que pregou contra a guerra e fez uma visita ao Vietnam em solidariedade às vítimas mulheres e crianças, que os EUA assassinavam com bombas, sob pretexto de que nas vilas haviam vietcongues.
Sermos rebeldes e militantes desses intentos, será sermos contra o velho e resistente imperialismo.
O sangue que corre nas veias de nossa geração 68 é o da solidariedade hoje e sempre!
Pelos nossos mortos que tombaram sob tortura na luta contra a ditadura, continuaremos a ousar lutar, ousar vencer, por um mundo livre de quaisquer tipos de tirania, por um mundo em que todos sejam irmãos, com liberdade e respeito as diferenças.
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