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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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Roda-gigante

A prova de que o efeito roda-gigante deve ser levado a sério é que tanto Moro como Bolsonaro podem voltar por cima em 2026

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Sergio Moro e Jair Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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Comparada a uma roda-gigante, as sociedades têm seus momentos distintos, ora por cima, ora por baixo. É o que vimos acontecer recentemente com os principais protagonistas da atual política brasileira: Sérgio Moro, Bolsonaro e Lula.

Com apoio da mídia golpista, da maioria de um Congresso entreguista e de um STF acovardado, foi dado um golpe contra a democracia no ‘impeachment’ de Dilma; depois, com apoio dos mesmos, a lava jato perseguiu, condenou e prendeu Lula.

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Nesse período, o assento na roda-gigante dos progressistas estava por baixo, enquanto a dos golpistas estava por cima. O Brasil ficou completamente vulnerável ao ataque de um oportunista que, saindo do esgoto, deu voz à escória fascista da extrema-direita e seus penduricalhos neopentecostais.

Nesse mesmo período, os integrantes da lava jato foram surpreendidos por um hacker que descobriu e divulgou as armações de Procuradores e Juízes, que agiam ilegalmente para sustentar as mentiras que mantinham Lula preso.

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Sérgio Moro, principal personagem da lava jato, foi declarado suspeito pelo STF para julgar Lula, que teve sua condenação anulada, sendo libertado após 580 dias.

O estrago na esquerda já estava feito, a mídia conseguiu neutralizar o apoio histórico aos candidatos do PT nas eleições de 2018, e Fernando Haddad perdeu em segundo turno para Bolsonaro.

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A partir de então, começou o reino das trevas e os absurdos escatológicos sucederam-se dia a dia, principalmente durante a pandemia. Porém, a roda-gigante não parou, e a sociedade entendeu que o Messias era um falso e repugnante impostor.

Com as unhas sujas à mostra, Bolsonaro tentou de tudo para se manter no poder através da reeleição. Comprou votos com auxílios eleitoreiros e mandou bloquear estradas que levariam possíveis eleitores do PT às urnas. Sem sucesso, incentivou ataques ao estado democrático de direito e às instituições. O assento progressista estava novamente por cima na roda-gigante.

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A roda dá tantas voltas que faz com que até o passado pareça incerto. O TSE absolveu, por unanimidade, o senador Sérgio Moro, eleito em 2022 com abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação.

Apesar dos inúmeros inquéritos abertos para investigar Bolsonaro, o ex-presidente continua livre e forte. Mesmo temporariamente inelegível, será um trunfo de seu partido nas eleições deste ano, talvez, até mais que Lula.

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A prova de que o efeito roda-gigante deve ser levado a sério, é que tanto Moro como Bolsonaro podem voltar por cima em 2026. Apoio da mídia não faltará, assim como o do historicamente acovardado STF.

Uma das dicas muito utilizadas em livros e palestras motivacionais, é que ‘chegar ao topo é menos difícil do que se manter por lá’. O Presidente Lula, equipe e todos nós, progressistas, precisamos ficar atentos para não mordermos o anzol da acomodação, o que seria um retrocesso civilizatório.

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