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Michel Zaidan

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Sobre a guerra hoje

O projeto de colonização sionista da Palestina vai se concretizando, sob o fogo e as balas das tropas

Bombardeio de Israel em Gaza (Foto: REUTERS/Mohammed Salem)

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Expulsão dos palestinos e ocupação militar da Faixa de Gaza pelas tropas israelenses. Território que será  destinado aos assentamentos ilegais de colonos judeus em território  palestino  Ao povo palestino , duas saidas - serem refugiados políticos no Egito ou morrerem na Faixa de Gaza. O Hamas já disse que o Egito não deve receber os palestinos que têm de permanecer em suas terras. 

Mas há um ultimatum para a saída dos palestinos ante a iminente invasão terrestre da faixa de Gaza. A carnificina pode  aumentar dramaticamente. Mais de 3000 palestinos já morreram. Esse número pode aumentar drasticamente, se os palestinos não saírem de Gaza. 

O projeto de colonização  sionista da Palestina vai se concretizando, sob o fogo e as balas das tropas. Desde sua fundação ,Israel vem aumentando sua presença na região. Fica a Cisjordânia. Não se sabe o futuro da Palestina árabe, diante da expansão militar e econômica dos israelitas. O ataque do Hamas parece ter sido o argumento que faltava para essa  expansão colonialista. 

E sempre a mesma justificativa, o direito de se defender estaria acima do direito internacional ou das leis de guerra. Vale -tudo, inclusive  o genocídio de toda uma população  originaria desses territórios, antes do surgimento  do Estado de Israel.

O mapa dessa região terá de ser redesenhado mais uma vez, depois de 1947, 1965 e a atual ocupação  militar. Infelizmente,  a desunião e omissão da liga dos povos Árabes vai colaborar nesse redesenho. Os americanos também ameaçam se outros grupos ou povos participarem desse conflito, já enviaram caças  e porta-aviões. Protege seus interesses geopolíticos e econômicos na região, diante de potenciais competidores. 

O Líbano também corre perigo de ser mais uma vez destruído por Israel. E o motivo é  o Hezbollah. Região pequena e conturbada, mas densamente  povoada  por Árabes, judeus, palestinos, sírios, sauditas e jordanianos.  O risco de uma hecatombe civilizatória  é grande.

Os Árabes tem que decidir se vão aceitar essa expansão  criminosa e ilegal ou reagir, nem que seja diplomaticamente ou judicialmente perante o Tribunal de Haia. O preço da omissão  pode ser alto para todos os atores na região. A China e a Rússia  não vão se meter, em razão da presença americana. Mas estão atentos ao desenrolar  dos acontecimentos.  

Essa é a geopolítica do Oriente Médio, profundamente afetada pelos vencedores da 2ª Guerra Mundial. Nunca o papel de vítima foi tão bem utilizado como dessa vez. Não será uma simples retaliação  pelos 1.400 mortos. É o avanço  do projeto sionista, com total apoio americano e inglês.

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