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Arnóbio Rocha

Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded".

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Vai ter golpe x não vai ter golpe

"É hora das Instituições, das organizações políticas, sociais, de reagir firme, de não aceitar ou não se deixar vencer psicologicamente de um GOLPE que não foi dado, mas pode ser, se houver essa aceitação passiva", avalia o advogado Arnobio Rocha

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Eduardo Pazuello durante passeio de moto, que gerou aglomeração na cidade do Rio de Janeiro. (Foto: Alan Santos/PR)
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Da mesma lavra que criou a ilusão de que não ía ter GOLPE, em 2016, e teve. Agora, em sentido oposto, começou a "sofrência" de vai ter GOLPE, ou melhor já teve GOLPE dentro GOLPE. 

A minha posição, lá  e aqui, é a mesma, e oposta à essa corrente. 

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GOLPE de estado é muito parecido com a lenda do empresário como animal indutor da economia,  segundo Delfim Neto, os empresários investem quando há uma "expectativa positiva na sociedade, assim eles se animam e investem firme".

Assim, o GOLPE,  pode ser uma questão de expectativa,  a meu ver, nesse campo de esquerda e/ou progressita, muitas vezes trabalha, mal,.essas expectativas. Que vai da euforia do "não vai ter golpe", à depressão de que a não punição do Panzuello, significa que "vai ter golpe", esse dois movimentos, alto e baixo,  são feitos sem nenhuma mediação da realidade concreta, apenas lemos a superfície dos fenômens.

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Infelizmente, nos faltou a análise da economia, das classes, da correlação de forças e qual o programa em disputa que Temer, depois Bolsonaro, representavam, a despeito de sutilezas de diferenças ideológicas entre ambos, a economia e os ataques aos direitos foram feitos em sincronia entre ambos os governos.

O GOLPE  de 2016, em essência, foi a resposta econômica e política aos anos petistas de governo. O Estado foi desmontado de forma absolutamente rápida e sem nenhuma defesa efetiva das conquistas, as emendas constitucionais aprovadas destruíram boa parte da CF de 1988, o Ultraliberalismo "passou o carro sobre a população, entre 2016 e 2018, e deu ré (para matar quem sobreviveu), entre 2019 e 2021".

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O que justificaria esse novo golpe? A Pandemia, a possibilidade de derrota do governo Bolsonaro nas eleições de 2022? 

Insisto, qual a correlação de forças, o comportamento das classes, o afluxo ou refluxo dos movimentos políticos e sociais?

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Quando leio os impressinismos, me assusto e penso:

Parece que amanhã pela manhã teremos nossas prisões decretadas, de que os militares vão cumprir  a "intervenção militar constitucional", esse pesadelo sem pé na realidade dos bolsonarista. 

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A reação covarde, medrosa, de que Vai ter GOLPE,  nos desarma, demonstra um medo desproporcional à realidade, facilitando o GOLPE real. Isso me faz lembrar, a fanfarronice de que não teria GOLPE em 2016, mas no sentido contrário, não reagir, aceitar, como se fez ali.

É hora das Instituições, das organizações políticas, sociais, de reagir firme, de não aceitar ou não se deixar vencer psicologicamente de um GOLPE que não foi dado, mas pode ser, se houver essa aceitação passiva.

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Vamos reagir, fugir ou nos conformar? Simplesmente constar, não resolverá nada, apenas facilitaria os desejos nefastos do bolsonarismo.

Essa é a questão central.

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