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Cultura

Livro propõe uma releitura sobre a história oficial da morte Vladimir Herzog

Livro “A morte de Vladimir Herzog" recupera a luta pela desconstrução da versão do suicídio do jornalista, divulgada inicialmente pela ditadura militar

(Foto: Reprodução)
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247 - Será lançado na próxima quarta-feira (17), na Casa do Povo, no bairro Bom Retiro em São Paulo, o livro "A Morte de Vladimir Herzog - A Desconstrução da Versão do Suicídio", de autoria do falecido Alberto Kleinas. O evento não apenas uma celebração da obra, mas um ato de resgate da verdade histórica e uma homenagem ao próprio Kleinas.

O evento, organizado com o apoio do Instituto Vladimir Herzog e do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, será iniciado com uma homenagem epor Marcelo Freire, amigo próximo de Kleinas. Em seguida, o jornalista Pedro Pomar e o cineasta Luis Ludmer assumirão o palco para uma discussão sobre o livro e o legado de Vladimir Herzog para o jornalismo brasileiro e a resistência contra o regime militar.

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No texto, Kleinas conduz o leitor por uma jornada de desconstrução da narrativa oficial sobre a morte de Herzog, expondo as forças por trás dessa tragédia e o papel crucial de figuras como Herzog na oposição ao regime militar.

"Na história, as biografias grosso modo tiram a humanidade daqueles que ela considera como marco, seja transformando-os em vítimas sacrificadas para a evolução do período histórico, seja como herói épico do mesmo...", reflete Marcelo Freire sobre a obra de Kleinas. "O livro de Alberto Kleinas rompe com isso, tratando da desconstrução do suicídio de Herzog, mas resgatando para o leitor como se deu a 'construção' histórica de Vladimir como jornalista e ativista."

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Vladimir Herzog, nascido em Osijek (ex-Iugoslávia, atual Croácia) em 27/06/1937, teve uma carreira de destaque no jornalismo, mas foi brutalmente assassinado em outubro de 1975 pelos agentes do regime militar. Sua morte, inicialmente disfarçada como suicídio, foi um catalisador para a resistência democrática no país. O sepultamento de Herzog no centro do Cemitério Israelita do Butantã e o impressionante ato ecumênico na Catedral da Sé, com mais de 8 mil pessoas, tornaram-se marcos na luta pela verdade e pela justiça.

Somente em 2013, após décadas de luta e resistência, uma certidão de óbito com a real causa da morte de Herzog foi emitida, graças à decisão da Comissão de Anistia do governo federal. O lançamento deste livro não apenas resgata a memória de Herzog, mas também reafirma o compromisso com a verdade e a justiça, em um país que ainda busca reconciliar-se com seu passado sombrio.

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