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Economia

Com política de preços que dolarizou a gasolina, Petrobrás lucrou R$ 188 bi em 2022, o maior já registrado

No quarto trimestre de 2022, o lucro da estatal foi de R$ 43,341 bilhões. Governo Lula enfrenta resistência do Centrão e do mercado financeiro para mudar a política de preços

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)
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247 - A Petrobrás informou nesta quarta-feira (1) que registrou lucro líquido de R$ 188,3 bilhões em 2022, o maior da história da empresa. O resultado ficou 76,6% acima dos R$ 106,668 bilhões em 2021, que até então era o maior já registrado. 

No quarto trimestre de 2022, o lucro da estatal foi de R$ 43,341 bilhões, uma diminuição de 6% na comparação com os três meses anteriores. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou 73,09 bilhões de reais entre outubro e dezembro, alta de 16% ante o mesmo período de 2021. Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida da Petrobrás era de US$ 41,516 bilhões, uma redução de 12,8% na comparação com a mesma etapa de 2021.

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Um dos motivos para o lucro histórico é a política de preços que dolarizou a gasolina. Adotada desde outubro de 2016, a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) calcula em dólar os custos de produção dos combustíveis no Brasil. Além de acompanhar a variação do petróleo no mercado internacional, a Petrobras repassa ao consumir custos com frete e taxas de importação que são inexistentes.

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca reverter a política de preços da Petrobrás e promover maior estabilidade nos preços dos combustíveis. No entanto, o governo enfrenta resistência do Centrão e do mercado financeiro, que querem a manutenção da atual política de preços. 

 O governo federal decidiu nesta quarta-feira (1) adiar a assembleia de acionistas que elegerá o conselho de administração da Petrobrás. Anúncio ocorre depois de parlamentares do Centrão e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), aplicarem um golpe no presidente Lula e mudarem a lista de indicados ao colegiado, substituindo nomes de confiança do governo por pessoas ligadas ao mercado financeiro

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Esta composição pró-mercado foi articulada pelo banco BTG Pactual, na pessoa de Bruno Bianco, advogado que atuou nos governos Temer e Bolsonaro. O objetivo principal seria barrar mudanças na atual política de preços dos combustíveis da Petrobrás. 

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