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Economia

Gigantes do mercado financeiro apontam barbeiragem do Banco Central

Rogério Xavier, da SPX Capital, André Jakuski, da JGP Capital, e Luis Stulhberger, 'guru da Faria Lima', dizem que a atual meta de inflação é "irrealista" e querem corte nos juros

Roberto Campos Neto e Banco Central (Foto: ABr)
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247 - A pressão iniciada pelo presidente Lula (PT) sobre o Banco Central (BC) e o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, por conta da abusiva taxa de juros do Brasil - a mais elevada do mundo - surtiu efeito e já convence nomes influentes do mercado financeiro, que nesta quarta-feira (15) em evento do banco BTG Pactual apontaram a 'barbeiragem' que tem sido feita pelo BC na economia brasileira. 

Rogério Xavier, da SPX Capital, André Jakuski, da JGP Capital, e Luis Stulhberger, o 'guru da Faria Lima', do Fundo Verde, na presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concordaram com o governo federal sobre a necessidade de elevar a meta de inflação para 2023 e reduzir os juros.

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Xavier destacou que a atual meta foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) - composto atualmente pelos ministros da Fazenda, Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central - antes da pandemia e da guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo, e por isto está "errada". "Agora que a gente passou por todas as situações inflacionárias nos últimos anos, com choques de covid, guerra, descarbonização, energia limpa, (desorganização) das cadeias produtivas, o Brasil resolveu fazer 3% de meta de inflação? A meta de inflação, só olhando para ela, que foi acertada há dois anos, está errada".

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Xavier ainda discordou das alegações de Campos Neto de que uma mudança na meta poderia ter efeito reverso, piorando expectativas e, como consequência, dificultando o corte de juros. "Se as expectativas de inflação de 2024, 2025 e 2026 forem para 4%, então aí os juros não caem? Isso é uma loucura. Tem que fazer a trajetória ser cadente, mas com metas alcançáveis. O custo para a sociedade é imenso, seja financeiro, seja social e político".

Stulhberger chamou a atual meta de "irrealista". "Concordo 100% com o Rogério. A discussão da meta é cabível e não é o fim do mundo. E não implica em perda de credibilidade. Buscar uma meta irrealista não é uma coisa para o Brasil, no momento que a gente está. Mas precisamos de um arcabouço fiscal crível".

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Jakuski concordou com os pares e criticou os juros "impressionantemente altos" impostos pelo Banco Central. "Concordo com o Rogério e com o Luis, a meta está errada. Não dá para perseguir esta meta. Acho simplesmente que os juros reais no Brasil são impressionantemente altos e o país não vai dar certo com esses juros".

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Xavier também deu um recado claro a Haddad, manifestando pressa em relação ao novo arcabouço fiscal a ser apresentado pelo governo. "Ninguém tem coragem de chegar ao ministro Haddad e falar: ministro, o problema da meta de inflação é que as pessoas não têm confiança na execução que o senhor está propondo. Mas façam o argumento correto. Falem para o ministro que o pacote que ele fez não é o que a gente acredita que vai entregar uma meta fiscal de superávit primário perto de zero. Mas falem que esse é o motivo, não a meta de inflação".

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