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Abiec contesta relatório falacioso divulgado pela ONG Human Rights Watch sobre a carne brasileira

Entidade do setor de exportação rebate documento sem evidências concretas e aponta viés político em críticas à pecuária nacional

Carne brasileira (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) classificou como “falacioso” o relatório publicado nesta quarta-feira pela ONG Human Rights Watch sobre as exportações brasileiras de carne. O documento, segundo a entidade, carece de fundamentos técnicos, não apresenta exemplos verificáveis e desconsidera os avanços ambientais conquistados pelo Brasil na pecuária. A avaliação foi divulgada em nota oficial, em resposta ao material da organização.

De acordo com a Human Rights Watch, a pecuária ilegal tem provocado devastação em áreas de agricultores familiares e de comunidades indígenas no Pará, estado que sediará em breve a conferência da ONU sobre o clima. O relatório acusa o setor de contribuir para desmatamento em territórios protegidos, mas, na visão da Abiec, repete narrativas ultrapassadas e não reconhece políticas públicas que fortalecem a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

Contestação ao relatório

Na análise da Abiec, o documento apresentado pela ONG tem caráter político e serve de instrumento para grupos que desejam impor barreiras comerciais ao Brasil sob justificativa ambiental. “Relatórios dessa natureza não contribuem para o debate sério sobre sustentabilidade global. Ao contrário, buscam enfraquecer a competitividade da carne brasileira nos principais mercados e interferir no avanço do acordo entre União Europeia e Mercosul”, afirma a associação.

A entidade destaca que a pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do mundo, com índices de produtividade elevados e investimentos constantes em tecnologia e rastreabilidade. Além disso, ressalta que o setor opera sob “uma das legislações ambientais mais completas e exigentes do planeta”.

Defesa da pecuária nacional

A Abiec também reiterou que continuará atuando em defesa da imagem do Brasil no cenário internacional, reforçando o compromisso do país com segurança alimentar e práticas agroambientais. “Repudiamos o uso político de relatórios sem respaldo técnico e seguiremos defendendo, em diálogo com governos e sociedade, a verdade sobre a pecuária brasileira”, destacou a nota.

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