Atividade frustra expectativa em setembro e IBC-Br aponta contração de 0,64% no 3º tri

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 0,32%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,50%, de acordo com os números observados

Campo de soja em Luziânia, no estado de Goiás
09/02/2023
REUTERS/Adriano Machado
Campo de soja em Luziânia, no estado de Goiás 09/02/2023 REUTERS/Adriano Machado


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SÃO PAULO (Reuters) - A economia do Brasil registrou retração no terceiro trimestre, apontando forte movimento de perda de força da atividade com o resultado em setembro, que frustrou as expectativas, mostraram dados do Banco Central nesta sexta-feira.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,06% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

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A leitura do mês foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,20%, e marcou o segundo mês seguido no vermelho.

No entanto, o recuo do IBC-Br em setembro foi mais fraco do que em agosto, quando o índice registrou retração de 0,81%, em dado revisado pelo BC de uma queda de 0,77% informada antes.

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Com esses resultados, o índice apontou contração de 0,64% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores e mostrou perda de força ao longo do ano, depois de ter avançado 2,39% no primeiro trimestre e 0,75% no segundo.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 0,32%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,50%, de acordo com os números observados.

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A economia brasileira mostrou forte resiliência no primeiro semestre do ano com impulso da atividade agrícola, de um mercado de trabalho aquecido e do setor de serviços, mas analistas já esperavam perda de força na segunda metade do ano.

Além da dissipação do choque positivo da agricultura, pesam sobre a atividade a dificuldade de recuperação da indústria, o cenário global desafiador e os efeitos defasados da política monetária restritiva, embora o Banco Central tenha embarcado em um ciclo de redução da taxa básica de juros.

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O próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, previu em entrevista à Reuters no mês passado "um terceiro trimestre muito ruim", com o cenário doméstico sendo agravado pelo exterior mais conturbado, diante de taxas de juro de longo prazo mais elevadas nos Estados Unidos e dos recentes conflitos entre Israel e Palestina.

O BC fez no início do mês um terceiro corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 12,25% ao ano, e afirmou que sua diretoria antevê reduções equivalentes nas próximas reuniões.

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O IBGE divulga em 5 de dezembro os dados do PIB no terceiro trimestre.

Em setembro, o destaque foi o aumento acima do esperado das vendas no varejo brasileiro, de 0,6%. Já a produção industrial brasileira teve alta de apenas 0,1% no mês.

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A má notícia veio do setor de serviços, cujo volume contraiu 0,3% em setembro, contra expectativa de alta.

A mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC mostra que o mercado vê expansão do PIB este ano de 2,89%, caindo a 1,50% em 2024.

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O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.


 

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