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ELN nega acordo de cessar-fogo bilateral com o governo Petro

Petro anunciou que seu governo havia acordado um cessar-fogo bilateral com cinco grupos armados por seis meses como parte de seus esforços para alcançar a paz total no país

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro (Foto: REUTERS//Albeiro Lopera)

247 - O Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia negou nesta terça-feira (3) que tenha concordado com um cessar-fogo bilateral com o governo do presidente Gustavo Petro e disseram que um decreto emitido pelo presidente era apenas uma proposta a ser examinada na mesa de negociações.

"A Delegação de Diálogo ELN não discutiu com o governo de Gustavo Petro nenhuma proposta para um cessar-fogo bilateral, portanto ainda não há acordo sobre este assunto", disse uma declaração do grupo rebelde.

"Em várias ocasiões, declaramos que o ELN só cumpre o que é discutido e acordado na Mesa de Diálogo onde participamos. Um decreto unilateral do governo não pode ser aceito como um acordo", acrescentou o grupo guerrilheiro, que restabeleceu as negociações de paz com o governo colombiano em novembro.

Petro anunciou antes do Ano Novo que seu governo havia acordado um cessar-fogo bilateral com cinco grupos armados  por seis meses como parte de seus esforços para alcançar a paz total no país e pôr fim a um conflito armado de quase seis décadas que deixou pelo menos 450.000 mortos e milhões de desalojados.

Petro anunciou que, além do ELN, o acordo bilateral de cessar-fogo incluía uma facção das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que não participou de um acordo de paz em 2016, outra que decidiu em 2019 voltar à luta armada, assim como as gangues criminosas do Clã do Golfo e as Forças de Autodefesa da Serra Nevada. (Com Reuters).