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América Latina

Argentina critica falta de vontade do Reino Unido em discutir status das Ilhas Malvinas

Ministro das Relações Exteriores afirmou que a Argentina não coloca nenhuma ameaça a outros países, e que a reivindicação das Malvinas é perseguida de forma pacífica

(Foto: Divulgação)
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Sputnik Brasil - Em artigo publicado no 40º aniversário do início da Guerra das Malvinas, o ministro das Relações Exteriores da Argentina explicou porque ele crê que o Reino Unido devia ser mais aberto quanto às Ilhas Malvinas.

As relações entre o Reino Unido e a Argentina nunca poderão continuar avançando enquanto Londres recusar discutir a questão da futura soberania das Ilhas Malvinas, disse Santiago Cafiero, ministro das Relações Exteriores argentino, em artigo publicado no sábado (2) no jornal The Guardian.

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Falando no 40º aniversário do começo da Guerra das Malvinas, em nome do governo de coalizão argentino, Cafiero apelou a uma melhoria das relações bilaterais, dizendo que lamenta que o Reino Unido continua agindo como se a disputa estivesse resolvida.

O Reino Unido detém o território, localizado perto de 500 km da costa oriental da Argentina desde 1833, apesar de ele também ter estado na posse do país sul-americano antes disso. Buenos Aires tem considerado as Malvinas, chamado pelo Reino Unido de Ilhas Falklands, como seu território, até que em 1982 o então governo militar da Argentina enviou tropas para reclamar o arquipélago. No entanto, o Reino Unido venceu a guerra ao fim de mais de dois meses.

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O governo argentino nunca abandonou as pretensões sobre as Malvinas, com até o presidente direitista Mauricio Macri (2015-2019) não destoando dessa disputa. Assim, Cafiero considerou "incompreensível" que o tratamento da Argentina pelo Reino Unido lembrasse o dado a um país que viola normas básicas de direitos humanos.

"Nós acreditamos que nenhum desfecho de qualquer guerra pode resolver uma disputa reconhecida pela comunidade internacional, isso criaria um precedente perigoso. O conflito de 1982 não alterou a natureza da disputa entre ambos os países, que ainda tem uma negociação e resolução pendentes", escreveu o chanceler argentino, referindo que antes da guerra houve pelo menos 16 anos de negociações sobre a soberania das ilhas.

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O ministro das Relações Exteriores afirmou que a Argentina não coloca nenhuma ameaça a outros países, e que a reivindicação das Malvinas é perseguida de forma pacífica, como estipulado na Constituição argentina. Apesar disso, nota Santiago Cafiero, o Reino Unido mantém uma grande base militar no sul do Atlântico, realiza manobras militares frequentes na área disputada, e restringe a venda de material militar de duplo uso à Argentina.

O alto responsável do governo argentino disse não entender por que o Reino Unido não respondia às propostas de Buenos Aires de reestabelecer voos regulares entre as Malvinas e a Argentina, defendendo que "mais voos significa mais comércio, mais turismo e mais diálogo, como o tivemos no passado". Santiago Cafiero também quer mais progresso na identificação dos restos de militares argentinos que caíram no último conflito.

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