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América Latina

Argentina: trabalhadores da Télam protestam em defesa de "meios públicos, empregos e direito à informação"

Representantes sindicais e trabalhadores discursaram em prol da "defesa de toda a comunidade dos meios públicos"

Protestos de trabalhadores da Télam e sindicalistas na Argentina (Foto: Télam)
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TÉLAM - Os trabalhadores da Télam, acompanhados por líderes do Sindicato de Jornalistas de Buenos Aires (SiPreBA) e da Federação Argentina de Trabalhadores da Imprensa (Fatpren), juntamente com colegas de outros meios, realizaram nesta quinta-feira uma assembleia massiva na qual destacaram a necessidade de "defender os empregos e o direito à informação" com "unidade", "alerta" e "organização", diante da proposta de privatização dos meios estatais pelo presidente eleito Javier Milei.

"A massividade desta assembleia demonstra como, mais uma vez, todos juntos vamos enfrentar uma fase de luta que nunca abandonamos nesta agência pública de notícias da República Argentina", afirmou a secretária-geral da Fatpren e secretária adjunta do SiPreBA, Carla Gaudensi.

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Estado de alerta e mobilização permanente - Assim como em assembleias realizadas esta semana na TV Pública e na Radio Nacional, na reunião de trabalhadores realizada esta tarde em uma das sedes da Télam, na Belgrano 347 desta capital, foi votado e aprovado por unanimidade o "estado de alerta e mobilização permanente".

"Este sindicato não esqueceu nem por um dia de lutar por as reivindicações que são nossas", enfatizou Gaudensi, e exortou: "Temos que estar cada vez mais unidos para travar essa luta porque temos a força".

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Na mesma linha, o secretário-geral do SiPreBA, Agustín Lecchi, destacou o valor do "coletivo" e de "toda a força que tem a história da Télam". "Temos a nós mesmos, que é o mais importante, e um povo que tem organização, memória e sabe o quão importante é esta agência quando alguém precisa de cobertura para dar voz, porque em nenhum outro meio isso acontece", enfatizou Lecchi.

Soberania informativa - Diferentes representantes sindicais e trabalhadores tomaram a palavra ao longo da reunião; os discursos coincidiram no apelo à "unidade", à "serenidade" e ao "estado de alerta e organização" como pilares fundamentais para a "defesa de toda a comunidade de meios públicos".

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Trabalhadores da Radio Nacional presentes na assembleia também destacaram a "solidariedade de colegas de meios privados que entendem como a Télam funciona". Além disso, enfatizaram que os jornalistas dessas empresas informativas "se alimentam do trabalho" da Télam em sua tarefa diária e, por isso, "valorizam". 

E acrescentaram que o trabalho dos meios públicos é valorizado por outros setores sociais, que apoiam sua continuidade "porque suas vozes só são reproduzidas por eles". "Somos centrais para defender a soberania informativa e a defesa do direito à comunicação e informação", sintetizou um trabalhador da Radio Nacional.

Resoluções - Na assembleia, os trabalhadores da Télam reforçaram o que foi expresso por colegas da Radio Nacional na terça-feira passada e da TV Pública na quarta-feira, em suas respectivas assembleias, no que diz respeito à manutenção do "estado de assembleia e mobilização permanente em defesa dos meios públicos", bem como "seu caráter federal e plural, que constitui um pilar fundamental da democracia".

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Assim como foi divulgado nesta quinta-feira em um comunicado pela direção da Fatpren, foi declarado o "estado de alerta e mobilização em todas as suas delegações do país diante de um possível avanço contra os meios públicos e o direito à comunicação", expresso por Milei em várias entrevistas recentes. 

"Nos reunimos no secretariado da Fatpren com delegados dos sindicatos de jornalistas de todas as províncias, onde discutimos a situação política e, em particular, as questões da comunicação. Com base nisso, decidimos uma série de ações, incluindo declarar estado de alerta e mobilização", destacaram da entidade, que representa os trabalhadores da imprensa de todo o país.

Entre as resoluções tomadas pelos membros da Fatpren, foi anunciado: "Apoiar as ações dos sindicatos de base em defesa dos meios públicos junto com suas assembleias. Convocar uma assembleia geral de trabalhadores da Radio Nacional e estabelecer o estado de alerta e mobilização frente a qualquer tentativa de avanço sobre os meios públicos e os direitos de seus trabalhadores".

Contra o clima de violência e ameaças - A federação sindical denunciou que, nesta semana, foi iniciada "uma campanha de estigmatização, com mentiras e operações de imprensa, contra os trabalhadores e trabalhadoras da Radio Nacional e dos meios públicos".

Eles também alertaram sobre a instauração de "um clima de violência persecutória" que nos últimos dias "se manifestou em ameaças e intimidações às colegas da rádio e da agência Télam".

Por fim, convocaram a "estabelecer instâncias de coordenação e unidade com todos os sindicatos da atividade e espaços de articulação, como a Cositmecos (Confederação Sindical de Trabalhadores dos Meios de Comunicação Social e Audiovisual da República Argentina), a Coalizão por uma Comunicação Democrática, a Multissetorial Audiovisual, a Confederação de Meios Comunitários e Cooperativos, o setor acadêmico e todos os setores da sociedade civil que defendem os meios públicos".

As denúncias dos trabalhadores dos meios públicos da Argentina receberam nesta semana o apoio da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) na região da América Latina e do Caribe.

Através de sua conta na rede X (anteriormente Twitter), a FIJ denunciou "ataques ao direito à informação" na Argentina e anunciou que "permanece em estado de alerta" diante dessa situação.

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