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América Latina

Bolívia se torna terceiro país sul-americano a usar yuan chinês para acordos comerciais

Bolívia adota o yuan chinês para comércio exterior e busca abertura de bancos chineses no país, revelam fontes

Yuan, moeda chinesa (Foto: Petar Kujundzic/Reuters)
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Global Times - Em meio a uma acelerada onda de desdolarização em todo o mundo, a Bolívia se tornou a terceira nação sul-americana a adotar o yuan chinês para acordos comerciais, e o governo boliviano está buscando a abertura de bancos chineses no país o mais rápido possível, de acordo com relatos da mídia.

O Ministro da Economia da Bolívia, Marcelo Montenegro, afirmou em uma coletiva de imprensa que o país já está utilizando o yuan e que "é uma realidade e um bom começo", conforme relatado pelo Times Magazine na sexta-feira. "Exportadores de banana, zinco e produtos manufaturados de madeira estão conduzindo transações em yuan, assim como importadores de veículos e bens de capital", disse Montenegro.

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Durante os meses de maio a julho, a Bolívia realizou operações financeiras no valor de 278 milhões de yuan (38,7 milhões de dólares), o que representa 10% do comércio exterior do país nesse período, de acordo com Montenegro.

Antes da Bolívia, a Argentina e o Brasil já haviam iniciado o uso do yuan em suas transações comerciais. Em abril, a Argentina anunciou planos de utilizar o yuan chinês para pagar por bens importados da China; enquanto em fevereiro, o Brasil assinou um memorando de cooperação com a China para estabelecer acordos de compensação em yuan no Brasil.

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O aumento do uso do yuan para acordos comerciais tem sido observado em várias nações, e especialistas chineses preveem que esse fenômeno se tornará cada vez mais comum. A China é o maior país comercial do mundo, o que gera uma enorme demanda para a liquidação em yuan. Além disso, a nação vem expandindo a abertura de suas atividades financeiras, e as taxas de câmbio do yuan chinês têm se mantido relativamente estáveis em comparação com outras moedas importantes.

Enquanto isso, um número crescente de países tem percebido a importância de buscar um sistema monetário internacional mais diversificado, especialmente à luz das tentativas dos Estados Unidos de utilizar sua moeda como arma geopolítica, especialmente após a crise na Ucrânia.

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A Bolívia enfrentou escassez de dólares desde fevereiro, o que afetou severamente a economia do país, de acordo com relatos da mídia.

Durante uma reunião com o embaixador chinês na Bolívia, Huang Yazhong, em 20 de julho, o Governador do Banco Central da Bolívia, Edwin Rojas Ulo, afirmou que o setor financeiro é parte integrante da colaboração entre a China e a Bolívia na promoção da Iniciativa Belt and Road, conforme declarado em um comunicado publicado pela Embaixada Chinesa na Bolívia.

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O Banco Central da Bolívia continuará mantendo uma forte cooperação com instituições financeiras chinesas para promover o desenvolvimento saudável do comércio e do investimento entre os dois países, afirmou o governador.

A China é o segundo maior parceiro comercial da Bolívia e sua principal fonte de importações. A cooperação bilateral entre China e Bolívia abrange diversos setores, incluindo infraestrutura, aeroespacial, tecnologia da informação, petróleo e desenvolvimento de gás, conforme relatado.

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No primeiro semestre do ano, o comércio bilateral entre China e Bolívia totalizou 8,42 bilhões de yuan, um aumento de 77,4% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas da China.

O yuan chinês se tornou a quinta maior moeda de pagamento do mundo, a terceira maior moeda de financiamento de comércio e a quinta maior moeda de reserva internacional.

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