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Candidato à presidência da Guatemala critica falta de 'base legal' em decisão sobre resultados de eleições

Tribunal Constitucional do país ordenou que TSE não oficialize resultados de primeiro turno do pleito, realizado em 25 de junho

Bernardo Arévalo (Foto: Reuters)

Opera Mundi - O candidato à Presidência da Guatemala pelo movimento Semente, Bernardo Arévalo, rejeitou neste domingo (02/07) a ordem do Tribunal Constitucional do país (CC), proibindo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não oficialize os resultados das eleições presidenciais realizadas em 25 de junho.

"Defenderemos a vontade do povo guatemalteco porque os partidos da corrupção querem roubar as eleições. É hora de aceitarem a derrota, o povo já disse basta", declarou o candidato que chegou ao segundo turno do pleito no país centro-americano, a ser realizado em agosto.

Diante de seus apoiadores reunidos em frente à sede do CC, Árevalo acusou a Corte de querer "atrapalhar o processo eleitoral e ameaçar adiar o segundo turno".

O candidato presidencial afirmou que o Tribunal Constitucional não tinha competência para a decisão, denunciando a resolução como ilegal.

A Missão de Observação Eleitoral da Guatemala (MOE-Gt) emitiu um comunicado no qual reafirma que as eleições de 25 de junho indicaram "claramente quais serão os candidatos que disputarão o segundo turno".

A MOE recordou que já havia alertado sobre “a deterioração do Estado de Direito e a persecução para fins políticos de questões puramente eleitorais” na Guatemala.

Por sua vez, o Observatório Eleitoral, apoiado por diversas entidades pró-democráticas, emitiu um comunicado de alerta ao cidadão sobre a possível "pretensão de golpe eleitoral".

Segundo a entidade, vários partidos políticos que ficaram em desvantagem nas eleições pretendem “cancelar as eleições” com várias contestações.

A organização exorta a população a "manter-se informado e atento para defender o voto popular"

De acordo com os resultados eleitorais das últimas eleições, Árevalo e a empresária Sandra Torres, do partido de centro-esquerda União Pela Esperança (UNE), disputarão a Presidência da Guatemala no segundo turno em 20 de agosto.