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Celso Amorim diz que solução para conflito entre Venezuela e Guiana não virá do Brasil: "não vamos tirar nada da cartola"

Escalado para representar o presidente Lula na reunião entre Maduro e Irfaan Ali, Amorim diz que ao Brasil cabe "estimular o diálogo"

Celso Amorim, Nicolás Maduro e militares venezuelanos (Foto: REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

247 - O embaixador e assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, escalado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para representá-lo em uma reunião entre os presidentes da Venezuela e da Guiana, Nicolás Maduro e Irfaan Ali, respectivamente, afirmou que o Brasil não deverá liderar uma proposta para resolver a disputa entre os dois países pelo território de Essequibo. 

“Não vamos tirar nada da cartola! Importante estimular o diálogo”, disse Amorim à coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles. De acordo com a reportagem, Amorim ressaltou que o Brasil poderá ajudar a intermediar o conflito, se demandado, mas a solução terá de ser proposta por um dos lados envolvidos na disputa. >>> Essequibo é da Venezuela, mas América do Sul não precisa de guerra

A reunião para discutir o aumento da tensão na região fronteiriça pela disputa por Essequibo, região guianense rica em petróleo que é reivindicada historicamente pela Venezuela, acontecerá na quinta-feira (14), em São Vicente e Granadinas, país do Caribe que comanda atualmente a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e que intermediou o encontro.  

O presidente Lula foi convidado a participar da reunião, mas não poderá ir porque já tinha agendas marcadas no Brasil.