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América Latina

Equatorianos elegem novo presidente em disputado segundo turno

Cerca de 13,4 milhões dos 16,9 milhões de equatorianos deverão votar obrigatoriamente neste domingo

Luisa Gonzalez e Daniel Noboa (Foto: REUTERS/Henry Romero; REUTERS/Karen Toro)
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247 - Os equatorianos votam hoje em um histórico segundo turno presidencial entre a candidata correísta Luisa González e o magnata Daniel Noboa, em uma eleição que se prevê acirrada e tensa após o assassinato de um candidato em meio a uma onda de violência criminosa, informa a agência Télam. 

González, aliada do ex-presidente socialista Rafael Correa, e Noboa, filho de um dos homens mais ricos do país, encerraram uma campanha marcada por coletes à prova de balas, guarda-costas armados com rifles e um clamor unânime: deter a violência.

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"O pressentimento é que o Equador triunfe, ou seja, que a Revolução Cidadã vença", disse González, candidata da Revolução Cidadã, à imprensa ao chegar a um local de votação na pequena cidade costeira de Canuto, no sudoeste, para votar cedo.

"O povo quer impunidade zero, o povo quer progresso, o povo quer empregos, e os jovens querem esperança", afirmou Noboa após votar pouco antes do meio-dia em Olón, na província de Santa Elena, no extremo oeste do país, segundo o jornal El Universo.

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Também de manhã cedo, em Guayaquil, o presidente Guillermo Lasso votou. "Faço um apelo aos 13 milhões de eleitores para que votem de forma responsável; o próximo presidente receberá um Equador com a democracia fortalecida e uma economia em crescimento", disse depois de cumprir o procedimento, de acordo com a agência Europa Press.

Nos últimos anos, o Equador se transformou em um centro de operações de cartéis de droga com tentáculos internacionais que impõem um regime de terror e deixam milhares de mortos, alguns desmembrados ou pendurados em pontes.

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Apoiado por forças de direita e se autodenominando de centro-esquerda, Noboa, do partido Ação Democrática Nacional (ADN), pode se tornar o presidente mais jovem da história do país aos 35 anos.

Por sua vez, González, com 45 anos, aspira a ser a primeira a chegar à Presidência do Equador pelo voto popular.

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Cerca de 13,4 milhões dos 16,9 milhões de equatorianos deverão votar obrigatoriamente a partir das 7h e até as 17h para escolher uma chapa presidencial em uma eleição em que várias pesquisas preveem um embate acirrado.

"É uma honra e um privilégio declarar oficialmente aberto o segundo turno das eleições presidenciais", declarou Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), pouco depois das 7h, informou a agência de notícias AFP.

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Cerca de 100.000 militares e policiais estão destacados em todo o país para garantir a segurança das eleições.

O vencedor governará o Equador por quase 17 meses, até o fim do mandato do presidente de direita Guillermo Lasso, que dissolveu o Congresso e convocou eleições antecipadas para evitar o impeachment em um julgamento político por corrupção.

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Especialistas acreditam que o novo mandato será uma espécie de pré-campanha para as eleições de quatro anos em 2025, o que moldará o estilo do breve período.

À crise institucional se soma a violência política, além do ceticismo em relação à economia em um país dolarizado e com 27% de pobreza.

Oito líderes foram assassinados, incluindo um prefeito, dois vereadores municipais, um candidato a deputado e um aspirante à presidência.

Fernando Villavicencio, um dos candidatos favoritos no primeiro turno de 20 de agosto, foi baleado quando saía de um evento em Quito, poucos dias antes das eleições.

Em seguida, sete dos presos envolvidos em seu assassinato foram mortos em diferentes prisões.

González e Noboa se comprometeram a combater o crime e os cartéis de narcotráfico. Entre 2018 e 2022, a taxa de homicídios quadruplicou e chegou a 26 assassinatos para cada 100.000 habitantes. Este ano, os especialistas estimam que aumentará para 40.

Os candidatos e jornalistas se deslocam protegidos por coletes à prova de balas, capacetes e carros blindados.

Bandas ligadas a cartéis mexicanos e colombianos disputam o negócio da droga e usam prisões como escritórios logísticos, onde ocorreram massacres brutais. Desde 2021, mais de 460 presos morreram nesses confrontos.

"Iremos levantar este Equador que clama por paz, segurança, empregos e saúde", disse González na semana passada.

Filho de um magnata da banana, Noboa aspira a realizar o sonho frustrado de seu pai de ser presidente. Álvaro Noboa se candidatou cinco vezes sem sucesso e em 2006 perdeu para Correa, que agora, nas sombras, é rival de seu herdeiro.

Sua proposta mais comentada foi a criação de navios-prisões para isolar os presos "não violentos" e suas redes criminosas.

Tatuada, esportista, cristã e defensora dos animais, González propõe um Estado mais solidário após os governos de direita que seguiram seu mentor.

No primeiro turno, Noboa obteve 23% dos votos, contra 34% de González.

Sem maioria absoluta no Congresso, qualquer um dos candidatos enfrentará dificuldades para implementar suas reformas.

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