França quer integrar conselho amazônico por meio de sua colônia Guiana (vídeo)
“Somos uma potência amazônica através da Guiana", disse o presidente da França ao defender o ingresso de seu país na Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA)
247 - O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu nesta segunda-feira (28) que a França integre a Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA), que é a organização internacional intergovernamental, constituída por oito Países-Membros da América do Sul que possuem o bioma amazônico.
Em discurso, Macron disse que a França detém o bioma amazônico por meio da sua colônia na América do Sul, o que justificaria seu ingresso no grupo de países. “Somos uma potência amazônica através da Guiana. Gostaria que o Brasil e as potências da região pudessem aceitar nossa inscrição”, disse o presidente francês. A Guiana Francesa, entretanto, não é um país independente e por esta razão não integra OTCA.
Brics é um risco de "fragmentação do mundo"
A expansão dos BRICS visa mudar a ordem mundial, que é considerada "muito ocidental", mas pode acabar resultando na "fragmentação" do mundo, disse nesta segunda-feira o presidente francês, Emmanuel Macron. "A expansão dos BRICS é uma prova da intenção de construir uma ordem mundial alternativa, que é vista como demasiado ocidental. Tudo isto no contexto do confronto entre a China e os Estados Unidos, que também viola o direito internacional e a ordem aceite em comércio internacional", disse Macron durante uma conferência de embaixadores no Palácio do Eliseu, transmitida nas redes sociais.
Esta expansão do bloco das maiores economias emergentes do mundo também cria o risco de uma "fragmentação do mundo", que deve ser evitada, disse o presidente francês, acrescentando que Paris está determinada a dialogar com todos os parceiros. Atualmente, o BRICS inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na semana passada, a 15ª cimeira de alto nível dos BRICS, em Joanesburgo, estendeu convites à Argentina, ao Egipto, à Etiópia, ao Irão, aos Emirados Árabes Unidos e à Arábia Saudita para aderirem ao bloco. A adesão plena começará em 1º de janeiro de 2024.
