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Milei planeja mudar nome da moeda antes de possível dolarização

Presidente eleito na Argentina com propostas ultraliberais, Javier Milei pretende renomear o peso argentino, suscitando especulações nas redes sociais: 'cryptoconan'

Javier Milei, candidato da extrema direita da Argentina (Foto: Reuters)

247 - O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, revelou parte de sua estratégia para assumir o cargo, anunciando planos de possíveis mudanças na economia do país. Segundo informações do jornal argentino La Nación, Milei planeja renomear a moeda nacional antes de adotar a dolarização como medida econômica, caso leve adiante essa proposta.

Milei, figura de destaque na extrema direita argentina, expressou descontentamento com a atual condição do peso argentino, atribuindo a responsabilidade ao governo peronista de Alberto Fernández. Em críticas diretas ao ministro da Economia, Sérgio Massa, adversário político no segundo turno das eleições, Milei afirmou: "O peso não tem mais utilidade. Essas pessoas lhe tiraram todo o respeito."

Embora o novo nome da moeda argentina não tenha sido oficialmente divulgado, a notícia desencadeou especulações e reações humorísticas nas redes sociais. O X (antigoTwitter) foi palco para sugestões variadas, entre elas "Conan" - em referência ao cachorro falecido de Milei, que o presidente afirma ter conversas do além -, gerando variações como "cryptoconan" e "conancoins". Alguns internautas também cogitaram o nome "Karina", em alusão à irmã do ultraliberal que desempenhou papel crucial em sua campanha eleitoral.

O cerne da proposta de Milei consiste na substituição do peso argentino pelo dólar americano como moeda oficial do país. Esta medida tem como objetivo mitigar os efeitos nocivos da inflação que, nos últimos 12 meses, ultrapassou os dois dígitos. Atualmente, o dólar é utilizado na Argentina em contas-poupança e como referência para transações expressivas, como a compra de imóveis, embora o pagamento final seja realizado em pesos argentinos. É comum que a população guarde suas economias na moeda americana. Com a possível mudança, o dólar passaria a ser utilizado também em transações cotidianas, como o pagamento de salários.