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América Latina

Nicarágua denuncia uso "imperialista" de direitos humanos em relatório de Bachelet

Nicarágua questionou a avaliação "desigual" da ONU, sendo "permissiva e tolerante com as barbaridades" cometidas pelas potências, mas agindo "irracionalmente" com Manágua

(Foto: Reprodução / La Voz del Sandinismo)
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(Sputnik) – O Governo da Nicarágua denunciou, perante a plenária do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, a “manipulação e instrumentalização” dos relatórios que são enviesados ​​por interesses “imperialistas” para denegrir países como a Nicarágua; após tomar conhecimento do relatório de 2021 apresentado pela Alta Comissária Michelle Bachelet.

“Essa avaliação desigual se presta à manipulação e instrumentalização dos direitos humanos para outros fins e reivindicações hegemônicas, derivadas de interesses econômicos e políticos dos países imperialistas, que afetam a dignidade e a soberania dos povos que buscam esculpir seu próprio destino, sem nenhum interesse estrangeiro", declarou a procuradora-geral da República da Nicarágua, Wendy Morales, perante o Conselho.

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A Nicarágua questionou a avaliação "desigual" e as fontes dos relatórios feitos entre os países pelo gabinete do Alto Comissariado, sendo "permissivo e tolerante com as barbaridades" cometidas pelas potências, mas agindo "irracionalmente" com Manágua.

“Observamos e desaprovamos as fontes usadas como base para a análise deste Escritório das Nações Unidas sobre as chamadas atualizações, relatórios preliminares e rotas de investigação", afirmou a Nicarágua.

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Morales questionou que as fontes dos relatórios de direitos humanos são as "vozes" de setores com interesses políticos, ideológicos e econômicos que respondem às potências do Ocidente; deixando de lado o fortalecimento da identidade, soberania e desenvolvimento de cada país, numa perspectiva "imparcial e objetiva" para análise.

Bachelet apresentou o relatório da Nicarágua durante 2021 ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, mas inclui as recomendações de 2018, quando ocorreu um dia violento no país centro-americano que durou vários meses com confrontos entre opositores, simpatizantes do presidente Daniel Ortega e a polícia, que resultou em quase 300 mortes e mais de 27 bilhões de dólares em perdas.

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O governo Ortega denunciou que estava em curso uma tentativa de golpe, financiada por "agentes estrangeiros", pelos Estados Unidos e outros países ocidentais.

"Estou preocupado que a responsabilidade pelas violações de direitos humanos cometidas desde abril de 2018 continue não sendo garantida. A responsabilidade está no centro do Estado de direito", disse Bachelet.

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O relatório de 2021 reconhece que a Nicarágua faz "esforços" para alcançar "alguns" dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mas aponta para a prisão e julgamento de 43 opositores, a morte do réu Hugo Torres (líder do Movimento Sandinista de Renovação), o fechamento de organizações não-governamentais e universidades, bem como "prisões arbitrárias" e "assédio" de defensores de direitos humanos.

No entanto, o representante da Nicarágua disse que as atualizações sobre os direitos humanos não são “justas ou equitativas” e seu objetivo é “desqualificar” e “denegrir” o Estado da Nicarágua seguindo os interesses das “políticas intervencionistas” do Ocidente.

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Bachelet exortou a Nicarágua a "iniciar um diálogo nacional", desenvolver um roteiro de compromissos claros e conceder acesso ao pessoal do gabinete do Alto Comissariado para o monitoramento dos direitos humanos.

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