América latina

Nicarágua oficializa saída da Organização dos Estados Americanos

"Estamos saindo definitivamente, a Nicarágua não tem mais relações e não é mais membro desta vergonhosa organização chamada OEA", afirmou o chanceler nicaraguense

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua (Foto: OSWALDO RIVAS - Reuters)


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Sputnik - O governo da Nicarágua, liderado pelo presidente Daniel Ortega, ao oficializar sua saída da OEA. afirmou que está assim encerrando um "capítulo prejudicial" na história do país, de forma a contribuir para a destruição da hegemonia unipolar do Ocidente, segundo o ministro das Relações Exteriores, Denis Moncada Colindres.

"19 de novembro de 2023 marca dois anos desde que o governo da Nicarágua denunciou a Carta da Organização dos Estados Americanos e, de acordo com o artigo 143, esta Carta já não tem força em relação ao Estado da Nicarágua. Estamos saindo definitivamente, a Nicarágua não tem mais relações e não é mais membro desta vergonhosa organização chamada OEA", declarou.

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As autoridades nicaraguenses anunciaram a decisão inicialmente em novembro de 2021 devido à interferência ocidental nos assuntos internos do país. O escritório de representação da OEA na República da Nicarágua foi fechado em abril de 2022.

Além da Nicarágua, a Venezuela e Cuba já não participam da OEA. 

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No texto da declaração por ocasião de sua saída da OEA, o governo do país centro-americano chama a organização de "Departamento de Colônias dos EUA", lembrando os numerosos golpes e intervenções na região ocorridos desde 1954 com o seu apoio indireto, ou não, na Guatemala, Cuba, Brasil, República Dominicana, Chile, Ilhas Malvinas argentinas, Granada, Panamá, Venezuela, Honduras, Equador, Paraguai e Bolívia.

"A OEA tem repetidamente levado a cabo ações intervencionistas contra a Nicarágua, violando os princípios de não ingerência nos assuntos internos, de respeito pela soberania dos Estados e do direito dos povos de escolherem livremente o seu próprio destino, reconhecidos pelo direito internacional e contidos no seu estatuto fundador."

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