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América Latina

Organização mapuche pede "resistência armada" em resposta às propostas do governo Boric no sul do Chile

Líder mapuche disse que é hora de “preparar forças” e organizar a resistência armada “pela autonomia” da nação mapuche

(Foto: Reuters)
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ARN - A Coordenador Arauco-Malleco (CAM), organização mapuche, convocou nesta quarta-feira uma "resistência armada" para servir de resposta às medidas do governo chefiado por Gabriel Boric. Eles criticam a proposta de estabelecer um "estado intermediário" que permitiria que militares atuassem no sul chileno.

“O estado intermediário nada mais é do que um novo estado de exceção. Ou seja, os capangas militares mais uma vez mobilizados pelo Wallmapu - território mapuche - guardando os interesses do grande capital", disse o líder do CAM Héctor Llaitul à mídia local Werkén.

Da mesma forma, o líder mapuche disse que é hora de “preparar forças” e organizar a resistência armada “pela autonomia” da nação mapuche.

O CAM é uma das organizações com maior presença nos movimentos autônomos dos Mapuche.

A proposta do governo

Praticamente desde sua posse, o governo tem enfrentado sucessivos protestos de transportadoras que reclamam da falta de segurança nas rotas do país. Os mais afetados por essa situação são os caminhoneiros, principalmente os que transportam recursos naturais (principalmente madeira) extraídos das terras que os mapuches reivindicam como suas (em dezenas de casos, com aval da Justiça).

Nesse contexto, Boric disse na semana passada que está analisando com os parlamentares um projeto de criação de estados de exceção "intermediários" que, embora não tenha detalhado a proposta, não seria um estado de exceção, como os decretados por seu antecessor, Sebastián Piñera, mas uma alternativa que permitiria “que as forças militares possam realizar tarefas de proteção, por exemplo, das rodovias”.

O presidente reconheceu em entrevista à Rádio Cooperativa que a situação atual é "complicada" e que merece medidas extraordinárias, mas salientou também que as condições para este estado de excepção intermediária "devem ser muito estritas" porque "dar poderes à forças militares não é algo que possa ser naturalizado."

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O subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, deu alguns detalhes sobre a iniciativa, que ainda está sendo trabalhada. Explicou que com esta nova forma de estado de exceção “os direitos fundamentais não ficam limitados”. Também especificou que nesse cenário as Forças Armadas atuariam sob um comando civil que estaria acima do militar.

Nos "casos em que haja graves alterações na segurança das vias, rodovias ou transportes para abastecimento do país", o presidente poderá solicitar a presença das Forças Armadas para apoiar as atividades policiais por meio de um "estado de proteção e seguro", explicou Monsalve.

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