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América Latina

Os Estados Unidos e a recolonização da América Latina

Informações vazadas da embaixada dos Estados Unidos na Bolívia revelam um novo plano para recolonizar a América Latina

Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos EUA, falou sobre a importância dos recursos da América Latina, destacndo o lítio boliviano (Foto: Comando Sul dos EUA)
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247 - Informação vazada da embaixada dos Estados Unidos na Bolívia, sistematizada, entre outros, pelo Centro de Estudos Geopolíticos Multidisciplinares (CEGM), revela um novo plano para avançar com a recolonização da América Latina. Do que se trata esse plano? Por que essa recolonização seria tão urgente? A análise é do site El Radar

Atualmente, o mundo está passando por uma transição de um mundo unipolar dominado pelos Estados Unidos para um mundo multipolar com diversos polos de desenvolvimento. Nesse contexto, a maior ameaça à hegemonia dos Estados Unidos é a aliança BRICS, composta por: China, Índia, Brasil, Rússia, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Daí a urgência em recuperar o "terreno perdido".

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Segundo projeções econômicas, até 2050 China e Índia ocuparão os dois primeiros lugares como potências mundiais, deslocando o país do norte para o terceiro lugar. O receio de que isso se concretize levou, segundo o CEGM, os Estados Unidos a iniciar uma série de "jogadas" para garantir sua posição como potência mundial. Algumas das mais evidentes são:

Frear o desenvolvimento dos BRICS por meio de várias ações: impulsionar a guerra na Ucrânia entre Rússia e OTAN; apoiar a invasão israelense na Palestina para se apossar das rotas comerciais chinesas no Mar Mediterrâneo, a "Rota da Seda", e dividir politicamente a América Latina.

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Em um nível mais micro, os objetivos do plano, chamado de "Simón Bolívar", são evitar que a América Latina se empodere economicamente através do comércio com dois gigantes asiáticos: China e Índia.

O próximo passo, que já estaria em execução, é isolar países que não lhe são afins, ou seja: Colômbia, Bolívia, Venezuela. Isso favorecendo a oposição e amplificando disputas entre países, com a colaboração de três bastiões de apoio estadunidense: Peru, Equador e Argentina, manobra que já teria entrado em execução.

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Especificamente no caso da Bolívia, a estratégia estaria focada em seus recursos naturais e na consolidação de um governo servil e de direita, razão pela qual os Estados Unidos têm como prioridade a ruptura do MAS-IPSP, buscando fazer com que esse instrumento desapareça do cenário político.

Para conseguir que esse candidato hipotético chegue ao poder em 2025, não apenas se apoia a ruptura dentro do MAS-IPSP, mas também se busca construir um "outsider", um candidato externo que ainda não aparece nas pesquisas e que seria uma opção da direita e da grande massa de eleitores indecisos.

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Quanto aos recursos naturais, pretender-se-ia tomar a maior reserva de lítio do mundo aproveitando e fomentando o crescimento da crise política, o que resultaria em uma crise econômica aumentada pela obstrução de créditos por operadores na Assembleia. E não seria apenas o lítio o recurso desejado, mas também as reservas de ferro, urânio e terras raras. Isso não é algo impossível, já que a Bolívia está cercada por bases militares estadunidenses. As mais próximas estão na fronteira entre Tarija e Argentina, onde o Comando Sul estadunidense ganhou força.

Os operadores de todo esse plano na Bolívia são Debra Hevia, nova encarregada de negócios dos EUA, uma tecnocrata que já iniciou programas de formação de lideranças e se reuniu com políticos de diferentes partidos e organizações ao longo do país. Além disso, estariam envolvidas organizações por meio das quais se financia o plano: Fundação Nacional para a Democracia, Instituto de Relações Internacionais, DEA, Fundação Liberdade e Democracia, dirigida por Tuto Quiroga em Santa Cruz, fundação Ríos de Pie, Fundação Construir, Comunidade Cidadã, Aliança Informativa Latino-Americana, Military Church Support Group - Centurian Project (Fort Bragg), e a União Juvenil Cruceñista apoiada por Zvonko Matkovic.

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Quanto aos políticos incluídos como parte dessas ações, estão os prefeitos Manfred Reyes Villa e Johnny Fernández, e os ex-presidentes Carlos Mesa e Jorge Quiroga. Na Assembleia, estariam envolvidas Luisa Nayar e Andrea Barrientos e, externamente, o empresário Samuel Doria Medina, que foi candidato à presidência em mais de uma ocasião.

Muitos dos eventos detalhados neste plano estão ocorrendo neste momento, o que daria mais credibilidade à existência e consolidação do mesmo.

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