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América Latina

Pedro Castillo diz que há uma tentativa "sistemática" de questionar sua legitimidade

O presidente peruano discursou nesta terça-feira no Congresso, onde declarou que o pedido de afastamento não pode ser usado como "abuso de direito"

Pedro Castillo, presidente do Peru (Foto: Twitter/Congreso del Peru)
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Agência Regional de Notícias - O presidente do Peru, Pedro Castillo, fez nesta terça-feira (15) um discurso perante o Congresso em que defendeu sua gestão e negou as acusações de corrupção, um dia após a aprovação da moção de vacância do cargo de presidente por incapacidade para exercer o cargo.

“Não vim para evitar nenhum problema, todas as autoridades têm a obrigação de prestar contas e falar a verdade ao país. Meu governo tem sido alvo de denúncias da mídia e de setores políticos, em uma tentativa de construir um manto de escuridão sobre nossa gestão, querem fazer a população acreditar que estamos imersos em atos de corrupção, situação que ela rejeitou veementemente. O tempo me dará razão”, enfatizou o presidente.

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Da mesma forma, Castillo sustentou que não protegerá "nenhuma pessoa corrupta", seja amigo, funcionário ou membro da família, e que qualquer ato ilegal que detecte deve ser levado à justiça.

"Desde a campanha eleitoral levantamos a bandeira da luta contra a corrupção e não podemos desiludir, o país confiou-nos o destino e temos o dever de agir com honestidade, responsabilidade e transparência", disse, acrescentando que foi a "grande corrupção" do passado, que envolveu empresas e funcionários, que afetou o país.

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Nesse sentido, o presidente pediu que seu governo não seja colocado "no mesmo saco" de outros, pois seu governo quer "trabalhar pelo país" e "não manchar" sua honra.

“Aceitar os erros do meu governo não implica em hipótese alguma aceitar minha participação em supostos atos criminosos. Nunca na minha vida me envolvi em questões de corrupção, muito menos agora na minha qualidade de presidente da República”, enfatizou. O presidente pediu que os três poderes se unam “no importante” que é recuperar o país em meio à crise que está sendo vivida pela pandemia.

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“Houve e há uma tentativa e um trabalho sistemático de questionar a legitimidade da Presidência da República e obstruir a atuação do Executivo com o único propósito de destituir o presidente da república ou encontrar mecanismos para encurtar seu mandato. Como democrata, entendo o poder do Congresso de exercer fiscalização e controle político, porém, esses mecanismos não podem ser exercidos através do abuso da lei, ignorando a vontade popular expressa nas urnas”, ressaltou.

Da mesma forma, Castillo, que iniciou seu discurso com um minuto de silêncio em memória das vítimas da Covid-19, destacou as principais conquistas de seu governo, como o crescimento econômico, a obtenção de vacinas ou a recuperação do emprego.

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Ele também detalhou os 10 eixos principais de seu governo que incluem o fortalecimento do sistema educacional, de saúde ou a situação dos camponeses.

Entretanto, referiu-se ao derrame de quase 12.000 barris de petróleo no mar peruano pela empresa espanhola Repsol e disse que o governo declarou "emergência nacional", denunciando a empresa "pelo crime de poluição ambiental" e que serão realizadas as obras para "conseguir a reparação integral dos danos causados" bem como a limpeza eficaz das praias pela empresa.

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Por fim, Castillo argumentou que é preciso deixar de lado "as brigas" e colocar "o país à frente", já que não é hora de "perder tempo em confrontos inúteis". “É hora de acabar com as pequenas disputas e trabalhar pelos grandes objetivos nacionais, é hora de acabar com a polarização e a incerteza que impedem nosso crescimento, progresso e desenvolvimento. Estendo a mão para construir pontes, promover o diálogo e trabalhar em conjunto pela agenda do país”, concluiu.

Moção pela vacância do cargo

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O Congresso do Peru decidiu na segunda-feira (14) admitir a moção de vacância do cargo de presidente acusando Castillo de incapacidade. O processo será retomado no dia 28 de março, quando o presidente comparecerá à sessão para apresentar sua defesa.

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