Presença de Lula na Celac sinaliza aposta estratégica na integração latino-americana
Reunião em Honduras marca nova etapa do engajamento do Brasil com o bloco regional
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa na próxima quarta-feira (9), da 9ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Tegucigalpa, capital de Honduras. O encontro reunirá os 33 países-membros do bloco e tem como pautas centrais a promoção da integração regional, o enfrentamento às mudanças climáticas e a segurança alimentar.
Lula embarca para Honduras na terça-feira (8), data em que também está prevista uma reunião entre os chanceleres dos países participantes. As atividades da cúpula começam na segunda-feira (7), com o encontro de coordenadores nacionais. O evento marca ainda o encerramento do mandato de Honduras na presidência pro tempore da Celac e a transferência da liderança rotativa para a Colômbia.
Durante coletiva à imprensa realizada nesta quinta-feira (3), a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, destacou o simbolismo da presença do presidente brasileiro. “A participação do presidente é um claro sinal da prioridade que, aliás, sempre foi dada pelo presidente Lula e pelo Brasil à integração. Na nossa Constituição, consta que o Brasil deve buscar exatamente a Celac, a construção de uma comunidade de nações latino-americanas e caribenhas”, afirmou.
Padovan também relembrou que o retorno do Brasil à Celac foi uma das primeiras ações de política externa de Lula no início de seu terceiro mandato, em janeiro de 2023. Na época, o país havia se retirado do bloco durante o governo anterior, e sua reintegração foi vista como um gesto de reaproximação do Brasil com os vizinhos latino-americanos e caribenhos.
A Cúpula da Celac ocorre em um contexto internacional marcado por múltiplos desafios, como a crise climática, a insegurança alimentar global e as crescentes tensões geopolíticas. Nesse cenário, o reforço da cooperação regional e a atuação coordenada dos países do Sul Global ganham ainda mais relevância. O Brasil, sob a liderança de Lula, tem reiterado seu compromisso com um multilateralismo inclusivo e com o fortalecimento de mecanismos de concertação política na região.
Além das discussões temáticas, a cúpula em Tegucigalpa também será uma oportunidade para encontros bilaterais entre os chefes de Estado. A expectativa é que Lula mantenha diálogos com presidentes da América do Sul e do Caribe sobre temas como desenvolvimento sustentável, investimentos em infraestrutura regional e ações conjuntas para garantir a soberania alimentar dos países do bloco.
A presença ativa do Brasil na Celac reafirma uma diretriz histórica da diplomacia brasileira: a de promover uma América Latina unida, forte e protagonista nas decisões globais. Como tem reiterado o próprio presidente, a integração regional não é apenas uma aspiração política, mas uma necessidade estratégica para o futuro do continente.
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