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Presidente de Cuba acusa EUA de ameaçar a Venezuela com ações ilegais

Miguel Díaz-Canel critica bloqueio naval, classifica medidas como violação do Direito Internacional e reafirma apoio de Havana ao governo de Nicolás Maduro

Díaz-Canel fala à Comissão de Economia do Parlamento cubano (Foto: Prensa Latina )

247 - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, acusou os Estados Unidos de manterem uma ameaça permanente de agressão contra a Venezuela, por meio do que classificou como um destacamento militar “extraordinário e custoso”, além de ações que, segundo ele, violam normas internacionais e atentam contra a soberania do país sul-americano.

As declarações foram divulgadas pelo chefe de Estado cubano em uma mensagem publicada nas redes sociais e repercutidas pela emissora Telesur. No posicionamento, Díaz-Canel fez duras críticas às medidas adotadas por Washington e destacou os impactos dessas ações sobre a economia e os recursos venezuelanos.

“O bloqueio naval, que viola flagrantemente o Direito Internacional, a liberdade de comércio e de navegação, visa usurpar os recursos venezuelanos”, afirmou o presidente cubano na publicação.

Díaz-Canel denunciou de forma enfática o que considera práticas hostis dos Estados Unidos e reiterou o apoio integral de Cuba ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, à Revolução Bolivariana e Chavista e à chamada Fusão Popular, Militar e Policial, pilar do modelo de defesa adotado pelo governo de Caracas.

Segundo o líder cubano, Havana mantém uma posição firme de solidariedade ao povo venezuelano diante do que avalia como novas manifestações de pressão e hostilidade por parte de Washington. Para o governo cubano, tais medidas representam uma escalada que compromete a estabilidade regional e afronta princípios básicos do Direito Internacional.

Nos últimos meses, os Estados Unidos intensificaram as sanções econômicas contra a Venezuela e mantiveram bloqueios marítimos, além de voltarem a expressar ameaças de intervenção militar. Essas ações têm sido alvo de críticas por parte de diversos governos e organismos internacionais.

O governo venezuelano, por sua vez, denunciou oficialmente essas iniciativas, classificando-as como violações do Direito Internacional e como uma forma de pressão direta sobre a soberania nacional e o controle de seus recursos estratégicos.

Parceira histórica da Venezuela, Cuba tem reafirmado de maneira constante seu apoio político e diplomático a Caracas. Em meio ao aumento das tensões regionais, Havana destaca a cooperação entre os dois países e reforça seu compromisso com a defesa da autodeterminação venezuelana diante das ações externas.