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José Claudio dos Santos

Professor de Educação Física no Ensino Fundamental e Médio da rede pública e particular. Nas horas vagas, além de ler, gosta de rabiscar sobre política.

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150 mil mortes, FHC e a paciência histórica com Bolsonaro

Talvez, no futuro, quando a História julgar FHC como omisso, cúmplice de um governo genocida e fascista, FHC, peça “paciência histórica” a si próprio

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No dia 02/03/2020, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), em entrevista para a GloboNews, emitiu vários comentários sobre o vídeo divulgado pelo atual presidente Jair Bolsonaro, onde convocou manifestações contra o Congresso Nacional. Entre os vários comentários de FHC, chamou a atenção o fato de o ex-presidente solicitar “paciência histórica” com o atual presidente Jair Bolsonaro.

Hoje, no Brasil, já ultrapassamos a triste marca de 150 mil mortes e mais de 5 milhões infectados pela Covid-19 e, infelizmente, os números de óbitos crescendo assustadoramente, mas, para FHC, é preciso ter “paciência histórica” com Bolsonaro.

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Nenhuma surpresa com esta “paciência histórica” defendida por FHC em relação a um possível impeachment de Jair Bolsonaro, afinal, é o criador defendendo sua criatura. Que ninguém se iluda achando que Bolsonaro é resultado apenas das ações do ex-juiz Sérgio Moro na Lava Jato.

Em nenhum momento FHC pediu “paciência histórica” a Aécio Neves quando foi derrotado na reeleição de Dilma Rousseff. 

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Quando Aloysio Nunes disse que o PSDB iria sangrar o governo Dilma, FHC não pediu “paciência histórica” a seu partido.

Quando as “pautas bombas” de Eduardo Cunha eram lançadas no Congresso Nacional para desestabilizar o governo Dilma e a economia brasileira, não se viu FHC solicitar “paciência histórica” aos deputados.

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Quando a Lava-Jato conduziu o ex-presidente Lula ilegal e coercitivamente para depoimento, FHC não pediu “paciência histórica”.

Quando o ex-juiz Sérgio Moro divulgou ilegalmente parte de conversas entre a ex-presidenta Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula, FHC não pediu “paciência histórica”. 

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Quando o Congresso Nacional (Câmara e Senado Federal), votaram o processo de impeachment da ex-presidenta Dilma, FHC, mesmo sabendo que não havia crime de responsabilidade, apoiou o Golpe jurídico, parlamentar e midiático e não pediu “paciência histórica”.

Quando o ex-presidente Lula foi preso sem o seu processo ter sido julgado em todas as instâncias, FHC, apoiou a prisão política contra Lula e não defendeu “paciência histórica”.

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Bolsonaro ironiza a pandemia do coronavírus, cumprimenta seus seguidores, diz que é só uma gripezinha, coloca em risco a vida de milhares de pessoas, mas, FHC pede “paciência histórica” para o presidente fake.

E por que FHC pede “paciência histórica” para Jair Bolsonaro?

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É fácil de compreender. O programa econômico imposto por Bolsonaro vai ao encontro e caminha de mãos dadas com o programa econômico do PSDB. É preciso vender as reservas naturais, acabar ainda mais com direitos sociais e trabalhistas, privatizar a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, os Correios, a Petrobras, o SUS, e todo o sistema educacional público (da educação infantil às universidades), exterminar os índios e quilombolas...Enquanto Bolsonaro não cumprir estas metas, FHC, continuará a defender “paciência histórica” com o presidente genocida.

Bolsonaro está ajudando na exterminação de milhares de brasileiros e brasileiras por incentivá-los a desvalorizar a pandemia do coronavírus, mas, para FHC, é preciso ter “paciência histórica” com a sua cria.

O ex-presidente FHC e seu partido, PSDB, desde o Golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016, cumpriram rigorosamente as palavras do senador Aloysio Nunes. Não somente sangraram o governo Dilma, como também, estão sangrando diariamente o povo brasileiro, com suas Reformas Trabalhistas, da Previdência, congelamento dos investimentos públicos em saúde e educação, privatizações...

Nunca é demais repetir, já ultrapassamos a casa de 150 mil mortes e mais de 5 milhões de brasileiras e brasileiros infectados pelo coronavírus. Milhares dessas mortes poderiam ter sido evitadas, se Bolsonaro tivesse um mínimo de respeito com a população brasileira, mas, para FHC o importante, é continuar a ter “paciência histórica” com o governante genocida.

Já era sabido e está mais do que provado, de que a Covid-19, não é “só uma gripezinha”, mas, FHC, quer “paciência histórica” com esse presidente viral que desgoverna o Brasil.

Talvez, no futuro, quando a História julgar FHC como omisso, cúmplice de um governo genocida e fascista, FHC, peça “paciência histórica” a si próprio.

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