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    Sara Goes

    Sara Goes é âncora da TV247, comunicadora e nordestina antes de brasileira

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    2025: O Ano da Serpente e da Jararaca

    "A Serpente chinesa e a Jararaca de Lula simbolizam estratégia e resiliência, definindo 2025 como um ano de avanços, tática e colheita", sugere Sara Góes

    (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

    Acompanho atentamente as discussões no chat do Brasil 247, onde o debate político se desenrola com a mesma intensidade com que receitas são compartilhadas entre amigos virtuais, cujos laços muitas vezes se transformam ao longo dos meses. 

    Aliás, sugiro aos meus colegas que façam o mesmo, desde que não estejam diante das câmeras, claro. É no chat que surgem algumas das percepções mais perspicazes do jornalismo progressista. Entre os comentários que lia um superchat de Miriam Venâncio Siegle destacou-se de imediato. A mensagem era inspiradora e imediatamente me ocorreu que renderia um artigo:

    "2025: China, ano da Serpente. Brasil, a Jararaca continua Viva, Sabia, Sagaz, Estratégica. Bote armado vai devorar a insaciável ganância da ratazana gorda do 'mercado'. 2026: LULA NELES!".

    O simbolismo da Serpente, no horóscopo chinês, traz consigo a sabedoria, a estratégia e a paciência necessárias para atacar no momento certo. No Brasil, a Jararaca, metáfora que o próprio Lula abraçou desde 2016, personifica a resiliência de um líder que já foi dado como derrotado, mas que sempre volta mais forte. A conexão entre os dois arquétipos não poderia ser mais precisa para definir o ano de 2025: um período de avanços certeiros, de movimentos táticos e da colheita de tudo o que foi plantado nos anos anteriores.

    Lula tem plena consciência de que governar o Brasil não é para os desatentos. A insaciável "ratazana gorda do mercado", como bem pontuou Miriam, nunca descansa em sua tentativa de capturar para si todas as riquezas que pertencem ao povo. Mas a Serpente não se apressa; ela observa, calcula e, quando ataca, o faz de maneira definitiva. É exatamente esse o espírito que se vê na estratégia de Lula para 2025: consolidar as políticas públicas, fortalecer o desenvolvimento econômico e garantir que o povo brasileiro sinta no bolso e na mesa o retorno dos investimentos feitos em 2023 e 2024.

    Essa estratégia também passa pela reconstrução da democracia, algo que Lula reforçou na recente cerimônia de posse dos novos presidentes da Câmara e do Senado. Ao lado de Davi Alcolumbre e Pedro Hugo Motta (e o ministro Marcio Macêdo, cuja pasta foi transferida precocemente por parte da imprensa), Lula reafirmou seu compromisso com o equilíbrio institucional, ressaltando que sua prioridade é governar para o povo, sem interesses pessoais ou partidários. "Essa fotografia aqui é a concretização de um compromisso com a democracia que todos nós firmamos há muito tempo", declarou o presidente, destacando a importância da harmonia entre os poderes.

    Lula também recordou a descrença em seu governo, "havia, por parte de uma parcela da sociedade e de muitos jornalistas, a ideia de que seria impossível governar o país porque o Congresso era muito adverso." No entanto, a experiência mostrou que com diálogo e articulação política é possível aprovar medidas importantes para o desenvolvimento do Brasil, como ocorreu recentemente com o arcabouço fiscal e a reforma tributária.

    O cenário econômico também traz expectativas importantes, com a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. Indicado por Lula, Galípolo assume com a missão de conduzir um rompimento gradual com as políticas da gestão Campos Neto, mas os impactos concretos só devem ser sentidos a partir da terceira reunião do Copom. Esse novo ciclo pode redefinir a relação do governo com o mercado e fortalecer políticas mais alinhadas aos interesses do desenvolvimento nacional.

    Outro aspecto crucial da nova fase do governo Lula é a comunicação. A chegada de Sidônio Palmeira ao comando da Secretaria de Comunicação da Presidência já mostrou resultados, com sua atuação destacada na coletiva de imprensa da semana passada. Sidônio, que foi responsável pelo marketing da campanha de Lula em 2022, cunhou a frase "Brasil para os brasileiros", agora estampada nos bonés azuis usados por governistas. A iniciativa de levar esses bonés ao Congresso partiu do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e deve ganhar mais força com a produção de 200 unidades para parlamentares. O slogan reflete a necessidade de uma comunicação mais direta e combativa, algo essencial para sustentar o projeto político de Lula em um ambiente de intensa disputa narrativa.

    Os sinais dessa estratégia já estão por toda parte. As parcerias para a transição energética, a defesa da indústria nacional, os avanços na política externa e o compromisso com a reconstrução do Estado são peças de um jogo de xadrez que Lula e sua equipe jogam com a paciência e a sabedoria de quem entende que o Brasil não pode mais ser refém de interesses privados travestidos de "responsabilidade fiscal". É a inteligência política, a habilidade diplomática e a sensibilidade social de um líder que sabe que governar é muito mais do que agradar o andar de cima.

    Se 2025 é o ano da Serpente, é também o ano da Jararaca. E essa serpente brasileira, forjada na resistência e na luta popular, sabe que a batalha pela justiça social não se vence em um só dia, mas sim com estratégia, persistência e coragem. O bote está armado. Que venham os novos tempos, pois a Jararaca está viva, sagaz e pronta para 2026. LULA NELES!

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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