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Paulo Moreira Leite

Colunista e comentarista na TV 247

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6 a 5, a Suprema covardia

"Baseada no irresistível temor da elite dirigente do país diante do voto popular, comportamento conhecido desde as eleições da República Velha, a votação de 6 a 5 no Supremo não terá o menor efeito pacificador sobre um país dividido e polarizado", escreve Paulo Moreira Leite, articulista do 247. "Isso quer dizer que a crise continua, o descontentamento irá aumentar e, sem lideranças reconhecidas e enraizadas, deve se agravar". Para PML, "a prisão de Lula representa um retrocesso histórico que há bastante tempo podia ser avistada no horizonte das alternativas possíveis. A pergunta era saber se a falta de escrúpulos do consórcio que manda num país de 210 milhões de pessoas chegaria a esse ponto. A resposta veio ontem"

"Baseada no irresistível temor da elite dirigente do país diante do voto popular, comportamento conhecido desde as eleições da República Velha, a votação de 6 a 5 no Supremo não terá o menor efeito pacificador sobre um país dividido e polarizado", escreve Paulo Moreira Leite, articulista do 247. "Isso quer dizer que a crise continua, o descontentamento irá aumentar e, sem lideranças reconhecidas e enraizadas, deve se agravar". Para PML, "a prisão de Lula representa um retrocesso histórico que há bastante tempo podia ser avistada no horizonte das alternativas possíveis. A pergunta era saber se a falta de escrúpulos do consórcio que manda num país de 210 milhões de pessoas chegaria a esse ponto. A resposta veio ontem" (Foto: Paulo Moreira Leite)
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A decisão por 6 a 5 contra Lula no Supremo Tribunal Federal representa uma covardia histórica contra os trabalhadores e a maioria do povo brasileiro.  

Na impossibilidade de disputar o poder pelo voto, eterno temor cultivado pela elite dirigente brasileira desde a eliminação das eleições à bico de pena da República Velha, encontrou-se um caminho vergonhoso para fugir de um confronto nas urnas, no qual denuncias e sentenças judiciais são apenas pretexto -- pouco crível, por sinal. 

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Último esforço para impedir a consumação de uma injustiça evidente contra Lula -- condenado sem provas -- a votação de ontem envolve uma decisão essencialmente frágil.

Para começar, a prisão de Lula obviamente não terá o menor efeito pacificador num país dividido e polarizado, no qual milícias fascistas e generais indisciplinados tentam atemorizar o povo e  reprimir seus movimentos. Isso quer dizer que a crise continua, o descontentamento irá aumentar e, sem lideranças amplas e reconhecidas, capazes de apontar uma saída, pode se agravar. 

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É bom sublinhar, ainda, que o 6 a 5 é um desafio sociológico. Não tem sustentação política na maioria sociedade brasileira. Sequer expressa a visão da maioria do judiciário sobre a Lava Jato. 

Na verdade, não tem sustentação sequer na lógica, como demonstra o voto de Rosa Weber, na verdade um longo e desde já inaceitável pedido de desculpas a todo cidadão que compreende a responsabilidade fundamental de cada ministro do STF como guardião da Constituição, em particular na proteção da liberdade e dos direitos de cada cidadão. 

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A história de povos e países ensina que ditaduras abertas e regimes de exceção podem tem uma vida muito mais longa do que a vontade dos cidadãos gostaria de permitir.

A prisão de Lula representa um retrocesso político que há  bastante tempo podia ser avistada no horizonte das alternativas possíveis. A pergunta era saber se a falta de escrúpulos das forças que detém o poder de mando sobre um país de 210 milhões de pessoas chegaria a esse ponto. A resposta veio ontem.

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A pergunta, agora, é saber como o Brasil irá responder a tamanha indignidade.

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