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Dimas Roque

Jornalista

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A Bahia é mais do que o Acarajé e a batida do Olodum

E vamos comer acarajé ou buchada, ouvir a batida do Olodum ou o Forró de Zezinho da Ema, mas precisamos que a cultura na Bahia seja um todo

(Foto: Márcio Filho/MTUR)
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“Você já foi à Bahia, nega? Não? Então vá...” disse o cantor e compositor Pernambucano Lenine na música “Lá e Cá” para chamar a atenção daqueles que nunca viveram um estado de espírito único, o Baiano. A frase se refere a Bahia da cidade de Salvador, aquela da batida do Olodum, do Acarajé nas ladeiras do Pelourinho, da música Axé que tomou conta do Brasil nos anos 80 depois da “nega do cabelo duro” de Luiz Caldas.

Essa é a Bahia vendida ao turista brasileiro e gringo, mas não é a BAHIA CULTURAL que é composta de 417 municípios e cada um com suas singularidades, e cada região com suas manifestações culturais diversas. O que é vivido e festejado em Salvador, nem sempre é o que o Sertão do estado consome, lá onde o forró arrebanha multidões para suas festas populares e ajuda a movimentar a economia da região com artistas que a “BAHIA” não conhece porque não é mostrado pela secretaria de cultura do Estado.

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Há uma necessidade urgente de que a Cultura na Bahia seja democratizada e deixe de propagar unicamente o que é feito em Salvador e no recôncavo. Para estas duas regiões mensalmente são lançados editais diversos para produtores e fazedores das artes. Mas e a Bahia, como fica?

No ano de 2007, quando o governador ainda era Jaques Wagner e o secretário de cultura o Márcio Meireles, aconteceu na cidade de Feira de Santana a II Conferência Estadual de Cultura na Universidade estadual do estado. Naqueles dias apresentamos a proposta de que a administração da cultura precisaria deixar a cidade Salvador e, também, estar presente no interior.

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Foi apresentada a proposta da criação de Departamentos Culturais em todas as Sedes regionais, já que a Bahia é um continente em extensão territorial. Foi aprovada por unanimidade pelos presentes no encontro. À época, Meireles disse que a proposta seria levada ao governador e que iria defender, já que achava o melhor caminho para a diversidade da cultura baiana. Mas até hoje não saiu do papel.

Podem chamar de Polos Culturais, Diretorias Culturais, Superintendências Culturais ou o que desejarem, mas o governo da Bahia precisa levar a estrutura governamental para todas as regiões e ver o seu povo como um todo e não unicamente o que é feito em Salvador e no recôncavo.

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Com estrutura governamental para a cultura em todas as regiões, manifestações regionais que se destacam terão oportunidades de serem mostradas e seus trabalhos a mais pessoas através de intercâmbios dentro do estado, com editais regionais, com técnicos que conhecem cada singularidade. Não se propõe o desmonte da estrutura na capital, mas a valorização da cultura nas regiões.

Pode alguém dizer que será mais gasto para o governo. Eu digo que é investimento no povo do lugar. E vamos comer acarajé ou buchada, ouvir a batida do Olodum ou o Forró de Zezinho da Ema, mas precisamos que a cultura na Bahia seja um todo e não só um taco do que ela é.

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