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Miguel Paiva

Miguel Paiva é chargista e jornalista, criador de vários personagens e hoje faz parte do coletivo Jornalistas Pela Democracia

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A Bola Fora do Djokovic

Então que prevaleça a ideologia do bem coletivo. Quem não quiser participar,, que fique de fora, mas não vai dar pra participar de mais nada que seja coletivo

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Acho que essa história meio arrogante e prepotente do Djokovic é igual à de vários atletas. Como o Djoco é o número 1 do mundo acaba aparecendo mais. Esses dias mesmo ficamos sabendo do Renan Lodi que foi barrado pelo Tite na seleção por não ter o ciclo completo da vacinação contra a Covid. Está certo o Tite. Essa vacinação da Covid é um gesto coletivo, não tem que ter nada a ver com sua posição em relação às vacinas em geral. Ë uma vacina quase social, uma vacina que interessa e envolve todo mundo. O esporte é uma atividade extremamente individualista apesar de alguns esportes serem coletivos. Fazer sucesso, se destacar é uma façanha que merece a nossa admiração. As estrelas do esporte estão aí para provar isso. Só que a trajetória de cada um não pode ser o pensamento que vale. Esses atletas que passaram poucas e boas e deram de tudo para o sucesso acham que foram premiados pelo destino que que o que fez prevalecer o sucesso foi seu esforço pessoal. 

Tudo bem. Até aí, tudo bem, mas a mundo é feito de pessoas e o esporte também. Esse individualismo só evidencia a meritocracia que acaba contaminando a cabeça dos atletas. Eles pensam que se passaram o maior sufoco para vencer todos devem passar. Nenhuma atitude que vise o coletivo é bem vista. Se eu fiz de tudo todo mundo tem que fazer. Só que o esporte não é feito só de estrelas. É preciso um time, um grupo, até mesmo adversários. Djokovic não joga sozinho, sem público. Ele precisa entrar no esquema. Todos os atletas precisam, mesmo sendo pessoas brilhantes, extraordinárias. As regras do jogo, sem trocadilhos, precisam ser respeitadas. Djokovic precisa esquecer seus princípios individuais e se vacinar. Pensar no próximo. Os jogadores de vôlei também, apesar de serem craques únicos, atletas brilhantes, eles fazem parte de um grupo. Por mais individual que seja a sua atividade esportiva, como o golfe, por exemplo, eles não jogam sozinhos. Tem o carinha que carrega os tacos, tem os adversários, os juízes, o público. Não dá para ser feliz sozinho. A vacina não tem contra indicação. É só uma questão de posicionamento ideológico.

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Então que prevaleça a ideologia do bem coletivo. Quem não quiser participar, ok, que fique de fora, mas não vai dar pra participar de mais nada que seja coletivo, que siga regras dos países, como o Australian Open e outros torneios. Vão ter que jogar num paredão eterno e solitário. Os atletas, não todos, adoram uma polêmica reacionária. Que seja, mas não podem não se vacinar. De repente, quem sabe, essa vacina não tem um chip escondido que faz eles mudarem a cabeça?  Além de craques vão passar a pensar no próximo. Já pensou? Seria um sonho.

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