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Gustavo Yuri Bortoluci

Fotógrafo, sociólogo em formação, ativista político e ativista LGBTQIA+. Membro do Diretório do PDT Americana/SP

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A carência vazia de uma sociedade líquida

Precisamos de uma sociedade que além da grade curricular também nos ensine a lidar com sentimentos e frustrações

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Não é nenhuma novidade que estamos cada vez mais perdendo a capacidade de amar verdadeiramente e empaticamente as pessoas em todos os tipos de relações, isso gera uma enorme preocupação sobre que tipo de sociedade seremos daqui algum tempo.

É fato que a pandemia nos últimos quase 2 anos só acelerou o processo de liquidez nas relações sociais que já vinha acontecendo à medida em que se avança a tecnologia e as inúmeras “facilidades” que traz consigo, mas afinal o que é essa tal “liquidez”? O princípio de tudo já foi investigado e imortalizado na obra de Zygmunt Bauman numa série denominada: Sociedade Líquida, onde o mesmo apresenta as inúmeras causas desse fenômeno, mas também nos traz lições de como enfrentá-lo e conduzir nossa sociedade a um lugar mais seguro e acolhedor, onde as relações humanas estejam acima dos interesses. 

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Com o intuito de facilitar a compreensão destrincharemos a seguinte frase de Bauman: “Viver em uma multidão de valores, normas e estilos de vida em competição, sem uma garantia firme e confiável de estarmos certos, é perigoso e cobra um alto preço psicológico”. Para entendermos essa linha de pensamento é necessário primeiramente entender que os conceitos de valores, normas e estilos de vidas nos são impostos desde os primórdios pela religião e pelo nosso sistema socioeconômico que dita o tempo todos quem devemos ser e nos coloca em caixas que separam drasticamente quem somos em detrimento a quem devemos ser e essa constante briga com esses conceitos nos geram um enorme vazio em diversas áreas, mas a principal dela é o carência emocional e a busca em preenchê-la.

O indivíduo agora buscará a resolução de suas questões, debruçando-se em outra pessoa e esperando da mesma uma troca em que apenas ela seja favorecida, pois é isso que a sociedade explicitamente a faz acreditar, que a mesma deve sempre procurar o que é melhor para si e jamais para ambos, o que afoga moralmente o conceito de responsabilidade afetiva que se torna nulo em relações cuja a carência esteja na busca e não apenas no conflito.

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É necessário acabar com o conceito que nos auto sabota o tempo todo, de que sempre há algo melhor, salvo os casos de relações agressivas e etc. Mas o grande problema é que nessa eterna busca por algo melhor sempre estaremos mergulhados no conceito do amor líquido que sempre escorre pelas mãos à medida em que um “melhor” surge.

Amor sólido é uma via de mão dupla, onde não buscamos gestos e somos felizes com a felicidade do outro sem estarmos presos a conceitos sociais, o amor não se mostra, o amor se vive.

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 Precisamos de uma sociedade que além da grade curricular também nos ensine a lidar com sentimentos e frustrações. Só assim teremos pessoas mais afetivamente responsáveis.

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