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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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A carranca de Temer e o inferno oculto de Dilma

Com sua carranca, atenuada depois do golpe, Temer destrói os direitos das mulheres e das famílias quando desmonta o ministério das mulheres e rouba Minha Casa Minha Vida

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Amiga Helena Borges Bittencourt, Porto Alegre, RS

Cumprimento-a por sua vida de luta contra o golpe que traidores promovem para destruir o Brasil e nossa incipiente democracia.

Detenho-me a observar a cara carrancuda do impostor e traidor Michel Temer. Preciso apenas ingerir muita água com boldo.

Lembro-me da carranca do ator que pousa de presidente quando nas duas cerimônias de posse e em outras tomadas de imagens que a mídia veiculava. Quanta má vontade facial do Zé Carranca!

Temer invariavelmente apresentou cara sisuda, típica do mal estar com as pessoas e com os projetos de governo da Presidenta Dilma.

Por que, é a pergunta. E como será que a Presidenta se sentia ao lado do caricato vice-presidente?

Hoje, depois de três semanas de desgoverno traidor a leitura se torna mais fácil.

Na cara de Temer acumulava-se o ódio aos pobres abençoados pelos programas sociais, tão desprezados pelo golpista e seu governo de araque. Na carranca do traidor também se empilhavam o desprezo à juventude que buscava espaços nas universidades públicas e nas particulares, graças ao Pró Une e outros projetos inclusivos.

Os sulcos da máscara do manipulador Temer compunham o semblante fechado à democracia que conta com o protagonismo das mulheres, dos indígenas, dos negros, dos pobres, do empresariado nacionalista e, sobretudo, dos trabalhadores.

Aquele olhar mórbido expressava a cara do homem que se reunia às sombras com interessados na venda do patrimônio público brasileiro.

Nele pairava a história do homem de trajetória traiçoeira desde a Constituinte quando mediocremente defendeu os interesses neoliberais contra os do Estado inclusivo e responsável pelos desprotegidos de direitos.

A cara contrariada era feita do material das alianças com o entreguista neoliberal Fernando Henrique Cardoso, em cujas mãos entregou o que restava de bom e patriótico no PMDB, que virou sub legenda dos marginais engravatados, como se vê hoje.

Diferentemente do bom burguês José de Alencar, ex vice presidente digno de Lula, Temer não sorria em público, desconfortado ao lado da Presidenta em cuja chapa se elegera por duas vezes. Dilma era desconfortável para o carrancudo. Esse negócio de encontros com essa gente negra, pobre, trabalhadora, que busca sociedade mais justa para todos, enrijecia a cara do temeroso vice, que queria ser presidente, mesmo via golpe.

O pré sal, como fonte para a educação e para a saúde, era material que grudava na cara do carrancudo, que se arrepiava com pesadelos de tanta gente construindo conhecimento neste País, que ele sonhava entregar às corporações estrangeiras.

A mistura de gente nas cerimônias do Planalto, envolvendo esse povo negro, cocares indígenas, mulheres, gays com homens brancos, ricos e engravatados era parceria que endurecia a cara do homem que já aspirava o golpe traiçoeiro.

Como Temer sorriria com tanto tormento provindo das pressões de seus amigos da FIESP, dos bancos, da Globo e seus lacaios, dos Estados Unidos, a quem prestava relatórios sobre os "perigos" da democracia "exagerada", das bancadas da bala, do boi, da bíblia, de seu amado Eduardo Cunha, do seu articulador, empoeirado Aécio Neves, do homem da bolinha de papel, o José Serra, que virou Chanceler (veja só!), que desde cedo o pressionou por cargo?

Poxa, enquanto Dilma praticava a chatice de escutar e falar com gente da ralé Temer choramingava, triste, porque não ganhava chupeta para seus amigos golpsitas.

Os amigos do carrancudo temiam, como ele também temia, as labaredas das delações premiadas dos ladrões e corruptos presos em Curitiba. Isso carregava ainda mais sua carranca e mal estar do conspirador e meneado de Eduardo Cunha. Provavelmente suas noites atormentadas de quem teria que explicar como o filho de 7 anos já é dono de um capital de dois milhões de reais. Desse jeito não há cara que esboce sorriso.

As choradeiras do carrancudo, que dava entrevistas afirmando que alguém deveria unir o País e que este alguém com dons superiores era ele, sem contar com a confiança da Presidenta, só aumentavam sobrecarregando mais e mais sua carranca.

Depois dos primeiros passos do golpe, que tem desde cedo a participação do Zé Carranca, não é difícil entender o sofrimento da Presidenta com o carranca derramando bílis e material intestinal entre os ministérios e no Congresso Nacional.

Uma minha ex coordenadora disse uma vez que é horrível uma pessoa emocionalmente ferida. Ela sangra e fere todo o ambiente. Em se tratando de Temer, com sua tremenda falta de ética e alto senso de oportunismo fisiológico, espantoso traidor, então, a sangria que despejou se transformou em boicote, em travas ao governo e em deslealdade gigantesca.

Quanto a Presidenta foi chantageada pelas carrancas do vice, metido a presidente e pelos corvos que jogava no governo tentando matá-lo, é difícil de mensurar.

Obras de Temer e seus corvos foram as pautas pombas do comparsa Eduardo Cunha, das medidas neoliberais para satisfazer os amigos poderosos dos traidores comandados por Zé Carranca e todos os esforços para minimizar a crise internacional capitalista, culpando Dilma e seus aliados pelas travas impostas nos cofres dos investimentos infernizaram a Presidenta e seus ministros mais leais.

Até que Michel Temer sorriu. Sim, o Zé Carranca passou a sorrir. O que o alegra é o seu ministério composto por bandidos, corruptos, criminosos, investigados, machistas, ricos e brancos sulinos.

Assim como sorriu debochado quando a Câmara exibiu na noite de 17 de abril o espetáculo dos corvos e traidores em festa, sorriu ao empossar os embusteiros da República. Agora o Zé Carranca sorri porque acha que é presidente, mesmo que seja com "p" minúsculo.

Zé Carranca, aquele que destina dois milhões de reais em imóveis para seu filho de apenas 7 anos, é amigo indiscutível dos mais ricos e poderosos do Brasil. Ele não gosta mesmo é dos pobres e dos trabalhadores, tanto que se empenha pela destruição de seus direitos. Nisso vê motivos para desmanchar a carranca e sorrir como na noite do espetáculo dos corvos.

Com sua carranca, atenuada depois do golpe, Temer destrói os direitos das mulheres e das famílias quando desmonta o ministério das mulheres e rouba Minha Casa Minha Vida. O carranca ama mesmo são as mansões e as "brancas, recatadas e do lar", como se referiu a sujaVeja ao descrever segunda dama de segunda.

O carranca odeia o Estado e as matérias primas, como o petróleo e pré sal, sendo fontes de riquezas para o povo. Temer sorri mesmo quando pode entregar tudo para as corporações internacionais, ainda que lese a Pátria.

Enfim, o Zé Carranca é só sorriso se achando no Palácio do Planalto.

Sorri tanto em sua vaidade e estupidez que não percebe que o quadro vira rapidamente contra o golpe. Em breve, quem sabe com seu filho acumulando mais milhões em imóveis, o carranca fechará novamente a cara, só que longe do poder para ser esquecido como tantos outros, inclusive um deles ao sair pediu que o povo o esquecesse.

A Presidenta Dilma retornará ao governo, não por concorrência mas porque o povo exige que a democracia acerte e vença, expulsando os conspiradores golpistas.

Ao retornar, a Presidenta deverá se recompor com a Nação, com o povo, com os trabalhadores, com os movimentos sociais, com o empresariado sério e reconstruir um programa de governo nacionalista e compactuado econômica e socialmente com o Brasil soberano.

Com mais sabedoria o povo não mais permitirá que carrancas e fingidos participem do governo e do drama de traições e de golpes.

Muita água rolará por debaixo da ponte política e levará nosso barco nacional a aportar onde o Brasil merece: no porto de Nação desenvolvida, socialmente justa e sorridente com a justa autoestima entre os povos.

Quem viver verá que a carranca dos mesquinhos e golpistas fazem mal à democracia. O bom é o Brasil sem esse mal!

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