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Gustavo Arnizaut

Gustavo Arnizaut é jornalista profissional. Desde 2002 trabalha como consultor internacional em comunicação e gestão de projetos de cooperação internacional no âmbito de Acordos Ambientais Multilaterais de proteção climática e desenvolvimento sustentável

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A contribuição das PMEs da União Europeia na economia de baixo carbono no Brasil

A União Europeia concluiu em 2017 uma inédita série de 9 missões de negócios entre Pequenas e Médias Empresas do Brasil e de seus 28 Estados-membros, orientadas a promover o intercâmbio comercial e a geração de parcerias em setores de baixo carbono da economia. No total, mais de 400 empresas foram beneficiadas pelo projeto Low Carbon Business Action in Brazil e 640 Acordos de Cooperação e Parceria foram firmados

A União Europeia concluiu em 2017 uma inédita série de 9 missões de negócios entre Pequenas e Médias Empresas do Brasil e de seus 28 Estados-membros, orientadas a promover o intercâmbio comercial e a geração de parcerias em setores de baixo carbono da economia. No total, mais de 400 empresas foram beneficiadas pelo projeto Low Carbon Business Action in Brazil e 640 Acordos de Cooperação e Parceria foram firmados (Foto: Gustavo Arnizaut)
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A União Europeia concluiu em 2017 uma inédita série de 9 missões de negócios entre Pequenas e Médias Empresas do Brasil e de seus 28 Estados-membros, orientadas a promover o intercâmbio comercial e a geração de parcerias em setores de baixo carbono da economia. No total, mais de 400 empresas foram beneficiadas pelo projeto Low Carbon Business Action in Brazil e 640 Acordos de Cooperação e Parceria foram firmados entre executivos brasileiros e europeus que participaram de um intensivo programa de rodadas B2B, incluindo visitas técnicas a feiras e exposições setoriais.

Ao patrocinar custos de viagem e logísticos de empresas inovadoras, em áreas como a de Gestão de Resíduos, Eficiência Energética nas Edificações, Processos Industriais, Agricultura de Baixo Carbono e de Energias Renováveis (Biomasssa, Eólica, Solar e Biogás), o projeto da UE apostou no encontro da demanda e da oportunidade para introdução de tecnologias européias inovadoras e processos eficientes no uso de recursos materiais e naturais, no Brasil.

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O potencial de negócios nos setores de baixo carbono ficou demonstrado nos números alcançados pelo projeto. A estratégia de internacionalização de PMEs da Europa e de intercâmbio de tecnologias verdes gerou uma vertente de oportunidades nos segmentos-alvo no Brasil, podendo ajudar o pais a cumprir com suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa a partir da busca por eficiência energética, do desenvolvimento,¨tropicalização¨ e aplicação de tecnologias de baixo carbono a partir de parcerias empresariais.

A contribuição a granel de PMEs neste esforço de mitigação das mudanças climáticas pode parecer pequena mas seu valor agregado é imenso. A UE concentra seus esforços no desenvolvimento e especialização produtiva em mais de 3 mil clusters da indústria espalhados pelo continente. Estes respondem por mais de 30 por cento dos produtos comercializados entre as fronteiras do bloco comercial europeu e com o exterior e, em geral, suas empresas detém maior produtividade, massa salarial e resiliência aos impactos das crises econômicas. No Brasil, política similar vem sendo seguida a partir do desenvolvimento dos APLs, Arranjos Produtivos Locais, iniciativa sob coordenação do MDIC (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio).

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Os avanços da especialização tecnológica europeia vêm ao encontro das necessidades de empresas brasileiras por aprimoramento e investimento. A defasagem tecnológica inibe a competitividade e produtividade de PMEs que, no Brasil, buscam espaço e fôlego no jogo de equilíbrio entre as políticas governamentais e a influência de grandes companhias em segmentos estratégicos, como por exemplo, o de gestão de resíduos urbanos/rurais e o de energia. Outros inibidores ao avanço rápido das tecnologias de baixo carbono no país via PMEs são as políticas protecionistas de mercado, como a de componentes nacionais, as altas taxas de importação de equipamentos e linhas de crédito ainda impeditivas ao retorno do investimentos de estrangeiros,em muitos setores da economia ¨verde¨.

No entanto, a escala do mercado brasileiro e a capacidade de absorção de inovações por empresas nacionais, com a devida contrapartida dos europeus, fez com do projeto Low Carbon Business Action in Brazil um indicativo de sucesso nas parcerias empresariais intencionadas. O espectro de soluções e tecnologias apresentadas é vasto: softwares para gestão de recursos em edificações, materiais de valor agregado a partir de reciclados, conversores térmicos avançados, unidades descentralizadas de biodigestão para geração de biogás e biometano, instrumentos de agricultura de precisão, de previsão meteorológica em sistemas de produção de energia off-grid com geração distribuída e de armazenamento.

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Os negócios na economia de baixo carbono a partir do projeto da UE no Brasil sugerem representação comercial, franquias, aquisições e fusões, importações e joint-ventures para desenvolvimento de equipamentos no Brasil e modelos de cooperativismo com a liderança de agentes empresariais. Já em curso, uma segunda fase da Low Carbon Business Action in Brazil deve selecionar os 80 melhores acordos firmados na primeira etapa, provendo assistência técnica de até 30 mil euros para o desenvolvimento de propostas e apoio para financiamento e investimentos.

Desde setembro de 2015, o projeto europeu foi acompanhado por um Comitê Diretivo composto por SEBRAE, CNA, CNI, CEBDS, FEBRABAN e Ministérios da Indústria e do Meio Ambiente. Do lado da UE, as Diretorias Gerais de Indústria, PMEs e competitividade e do Clima. Uma série de associações setoriais, como o Sinduscon SP, ABRELPE, ABESCO; Câmaras Bilaterais de Comércio e representações diplomáticas da UE no Brasil agregaram seus esforços na mobilização de empresas e fortalecimento de parcerias comerciais.

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O sucesso deste esforço comercial e de proteção climática bilaterais, depende da remoção de alguns entraves regulatórios, tributários e financeiros para um efetivo avanço das iniciativas empresariais de baixo carbono no Brasil. A oportunidade econômica e ambiental está provada.

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