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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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A democracia conseguirá vencer a época da pós-verdade?

Jornal mostra resultado das eleições de 2022 entre Lula e Bolsonaro, em Rio de Janeiro, Brasil 03/10/2022 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
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A fantasia que a democracia poderia vencer o fascismo no primeiro turno caiu como uma decepção para muitos, afinal não poderiam os institutos de pesquisa prever voto útil logo para Bolsonaro. Ou seriam capazes de descobrir que existem mais fascistas no Brasil que imaginavam? Uma extrema-direita popular como de Bolsonaro precisou apenas de uma exposição de quatro anos, para revelar que aquele vizinho que te dá bom dia com sorriso no rosto, também defende um novo IA-5. Uma ressaca se instaurou em muita gente que acreditava terminar o jogo no primeiro turno e a despeito de muitas manifestações, era possível acreditar. Porém, a sombra do fascismo voltou a assombrar o Brasil e o mundo.

A verdade é que ninguém dimensionava o tamanho do buraco que estamos vivenciando. Estamos tratando a extrema-direita como a direita soft do PSDB ou MDB. A esquerda está dividida e só agora, vai se unir apenas para vencer o neofascismo. Mas precisava demorar tanto? Enquanto o projeto fascista eclodiu no golpe de 2016, onde a décadas estava sendo preparada seu retorno, a esquerda estava calma, mas não vigilante. O que acabou por se afastar do povo, de educar e deixar claro em que posição das classes sociais ele estaria e mais do que tudo, também conseguir se apropriar das novas mídias sociais.

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Mesmo Bolsonaro perdendo, teremos um congresso de maioria fascista,  o que também vai gerar dificuldades para negociar, além de muito tumulto e pautas mais radicais sendo aprovadas. Vale lembrar, que mesmo com milhões de crimes cometidos, acusações graves, falta de decoro ou moral, figuras como o  deputado mais votados  Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Ricardo Salles (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Eduardo Pazuello (PL-RJ) , o líder armamentista  Marcos Pollon (PL-MS),além de figuras como Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e Damares. 

Certamente, procurando alívio para processos que seguem em curso e de uma vitória de Lula, procuraram o foro privilegiado e agora, além deste privilégio, possuem a caneta para ampliar um avanço fascista no país. Muitos são fascistas de raiz e outros entram por leniência. Afinal a primeira coisa que o fascismo faz é colocar NÓS CONTRA ELES. As verdades do grupo, que não necessariamente são verdades, cria certo afeto com aquilo que acredita mesmo que não seja verdade. Um exemplo é a Terra Plana. Por mais que a ciência comprove, fotos, cálculos matemáticos, a crença que a Terra é plana é maior do que isso. Isso é corroborado com outros que se unem ao grupo e logo a pós-verdade é a verdade.

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A pós-verdade é aquela na qual o discurso se dá em apelos emocionais, totalmente desconectando da verdade, que afinal são ignorados. No trabalho ”Pós-verdade ou o triunfo da religião” de João Angelo Fantini, ele explica como a estratégia juntamente com as redes sociais, criaram verdadeiros seguidores religiosos do que precisam. Também devemos lembrar , que acoplado a essa modernidade, temos as 14 características comuns do fascismo, declaradas por Umberto Eco. Entre elas,  o culto à tradição,  discordância é traição, medo das diferenças, a obsessão por um enredo, pacifismo é se confraternizar com o inimigo, machismo e armas, populismo seletivo e vocabulário simples. 

Se pararmos para pensar  em um estado de derrotas nas eleições, podemos nos apegar ao fato que Lula teve a mais expressiva  votação de sua carreira, transformar o desânimo e frustração em gasolina para uma luta que não vai encerrar com a vitória de Lula no segundo turno. E tentar mostrar que não é NÓS CONTRA ELES, somos todos irmãos e que nossas diferenças farão parte do debate para construção de um país melhor com todos unidos por isso co respeito e igualdade. 

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O caminho é comprido, de luta pela vitória da democracia, de luta em um congresso fascista como nunca antes e que Deus me perdoe, de atentados contra a vida de Lula, para Alckimin assumir. O momento é de união. Ninguém larga a mão de outro alguém.

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