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Marcos Bagno

Professor, doutor em filologia, linguista e escritor. É autor do livro "Preconceito Linguístico", publicado há 20 anos e marco nos estudos da linguagem, com mais de 50 edições.

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A desmemória e a volta das ideologias reacionárias

Em 2008, em vez de protegerem suas populações contra a crise, esses governos correram para salvar os bancos, despejando neles bilhões de euros e de dólares e impondo o austericídio ao povo. Sem a cumplicidade do PS, Marine Le Pen dificilmente teria a projeção que tem hoje.

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A desmemória é uma doença triste. Quando as gerações que viveram sob as ditaduras (e sobreviveram a elas) envelhecem ou morrem, as lembranças, os traumas e as marcas físicas dos horrores enfrentados se transferem para os livros de história e não comovem as gerações mais novas, que as veem como abstrações narrativas. 

E então essas novas gerações (partes delas, é claro) se deixam novamente seduzir pelas sereias fascistas (como na Itália agora), neonazistas (como na Alemanha), neofranquistas (na Espanha) e bajuladoras das ditaduras militares (como no Brasil). 

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Junte-se a isso uma precarização absoluta da vida social, do trabalho, da política, do clima, do meio ambiente, do acesso ao conhecimento, junte-se ainda o ultraliberalismo neofeudal histérico, e o terreno está aplainadinho para as ideologias assassinas semearem seu discurso de ódio. 

Num planeta em que o homem mais rico do mundo (Jeff Bezos, da Amazon) tem na conta bancária o PIB da Croácia e o dobro do PIB do Uruguai (para não mencionar incontáveis países mais pobres da África e da América Latina), é compreensível que o discurso contra o "sistema" atraia tanta gente desavisada.

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E boa parte da culpa de tudo isso é dos partidos tradicionais social-democratas ou "socialistas" (como o PS francês, o PSOE espanhol ou o PD italiano), que abandonaram suas pautas de defesa dos direitos da população e se jogaram nos braços ávidos da grande finança internacional. 

Em 2008, em vez de protegerem suas populações contra a crise, esses governos correram para salvar os bancos, despejando neles bilhões de euros e de dólares e impondo o austericídio ao povo. Sem a cumplicidade do PS, Marine Le Pen dificilmente teria a projeção que tem hoje. 

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Quanto ao Brasil, melhor nem começar a falar, porque é um quadro ainda mais aterrorizante já que nem as instituições democráticas que ainda existem na Europa nós temos, nunca tivemos e, pelo andar da carruagem, jamais teremos.

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