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Anabela Pucynski

Blogueira e escreve sobre cultura, temas sociais e política brasileira e israelense

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A dor de um pais (Como seguir)

Excluir um presidente do cenário. Resposta vaga. Quem dita as leis que operam a dominação do poder? Por um fio suspenso, o país paira. Nutre-se da vontade ambigua de eleger, como se num vácuo escuro, abismo que se abra, solução a galope

03/10/2015 - São Paulo - SP - Manifestantes da CUT realizaram um protesto “em defesa da Petrobras e da democracia” na manhã deste sábado (3) na Avenida Paulista. Foto: Paulo Pinto/ Agência PT (Foto: Anabela Pucynski)
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Excluir um presidente do cenário. Resposta vaga. Quem dita as leis que operam a dominação do poder?

Por um fio suspenso, o país paira. Nutre-se da vontade ambígua de eleger, como se num vácuo escuro, abismo que se abra, solução a galope.  A ocupação de um cargo simboliza a retomada de funções coniventes, sem que esse pragmatismo seja orientado numa direção que, realmente, convença.

O que está em jogo é mais do que uma simples fórmula. É a possibilidade de se cortar o status quo pela raiz, e fazer do processo político a verdadeira representação do anseio de uma pátria.

E a pergunta se faz.  Quem é o povo que elege seus condutores.  O trabalhador explorado, já minguado em seus direitos desde sempre.  A classe média conservadora, ávida por personificar seus direitos.  Nos dera a elite usurpadora, expressiva em sua minoria, algoz e leviana.

Realidades múltiplas de um pais de proporções continentais, que não avalia a dimensão de suas grandezas. Não conhece as vertentes de suas culturas, e se auto discrimina a cada ação praticada.

Roubemos o pão da boca dos menos favorecidos, pois morrer e tarefa fácil.  Estimulemos dogmas religiosos que segreguem os homens, colocando-os no cárcere de sua própria mediocridade.  Deixemo-los ir aqueles que tiverem chagas, pois o inescrupuloso é o que segura o foice que estanca todas as gargantas.

Assim se faz um país sórdido.  Onde a esperança de muitos é carta marcada para aqueles que visam o lucro.  Como gado esmagado, pele queimada, uivos de dor.  Caminha meu pais com a sensação compartilhada de que a morte nao seja mais artigo de consumo.  Está a solta e espreita, ceifando inocentes, minorias, cores, e vários outros matizes.  Só por estar.  Porque morrer vale a não dignidade do que não é, minimamente, cuidado.

Meu país abre os olhos, mas o grito ainda é abafado.  Seu coro merece vozes e determinação.

Para.  De vez enfrente a luta, porque a não produtividade é o martelo que espancará o rosto dos donos do poder.

Medo, pelo que ?  Honra usurpada, fome nas bocas, prostituição a cada consentimento dado para que o caos permaneça.

Houvera sentido em falecer porque uma bala atingiu o inocente, carecesse perdão aqueles que nao respeitam a carne, valesse a perjuria de promessas esfaceladas pelo caminho, seríamos todos um so.

Mas se lhes falta o leite, uma criança se vai, ou um trabalhador não é respeitado, no seu mínimo direito de tentar ganhar a vida, as perguntas ficam sem resposta.

Por onde se exale, a dor existe, crédula, móvel e carente.  A desafiar o mundo dos homens com sua força e intensidade. 

O caminho haverá, e será de luta.  Por uma dignidade perdida, e conscientização arrancada pelas vertentes do sofrimento.

Quando cada um se outorgue o direito de fazer valer sua voz, em proveito de uma vida digna.  Sons que nao se calem, nem ao sopro de uma vela.

Ideais que, absolutamente, seguirão para ficar. E honrar seu direito para com a própria vida.

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