A dor de um pais (Como seguir)
Excluir um presidente do cenário. Resposta vaga. Quem dita as leis que operam a dominação do poder? Por um fio suspenso, o país paira. Nutre-se da vontade ambigua de eleger, como se num vácuo escuro, abismo que se abra, solução a galope
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Excluir um presidente do cenário. Resposta vaga. Quem dita as leis que operam a dominação do poder?
Por um fio suspenso, o país paira. Nutre-se da vontade ambígua de eleger, como se num vácuo escuro, abismo que se abra, solução a galope. A ocupação de um cargo simboliza a retomada de funções coniventes, sem que esse pragmatismo seja orientado numa direção que, realmente, convença.
O que está em jogo é mais do que uma simples fórmula. É a possibilidade de se cortar o status quo pela raiz, e fazer do processo político a verdadeira representação do anseio de uma pátria.
E a pergunta se faz. Quem é o povo que elege seus condutores. O trabalhador explorado, já minguado em seus direitos desde sempre. A classe média conservadora, ávida por personificar seus direitos. Nos dera a elite usurpadora, expressiva em sua minoria, algoz e leviana.
Realidades múltiplas de um pais de proporções continentais, que não avalia a dimensão de suas grandezas. Não conhece as vertentes de suas culturas, e se auto discrimina a cada ação praticada.
Roubemos o pão da boca dos menos favorecidos, pois morrer e tarefa fácil. Estimulemos dogmas religiosos que segreguem os homens, colocando-os no cárcere de sua própria mediocridade. Deixemo-los ir aqueles que tiverem chagas, pois o inescrupuloso é o que segura o foice que estanca todas as gargantas.
Assim se faz um país sórdido. Onde a esperança de muitos é carta marcada para aqueles que visam o lucro. Como gado esmagado, pele queimada, uivos de dor. Caminha meu pais com a sensação compartilhada de que a morte nao seja mais artigo de consumo. Está a solta e espreita, ceifando inocentes, minorias, cores, e vários outros matizes. Só por estar. Porque morrer vale a não dignidade do que não é, minimamente, cuidado.
Meu país abre os olhos, mas o grito ainda é abafado. Seu coro merece vozes e determinação.
Para. De vez enfrente a luta, porque a não produtividade é o martelo que espancará o rosto dos donos do poder.
Medo, pelo que ? Honra usurpada, fome nas bocas, prostituição a cada consentimento dado para que o caos permaneça.
Houvera sentido em falecer porque uma bala atingiu o inocente, carecesse perdão aqueles que nao respeitam a carne, valesse a perjuria de promessas esfaceladas pelo caminho, seríamos todos um so.
Mas se lhes falta o leite, uma criança se vai, ou um trabalhador não é respeitado, no seu mínimo direito de tentar ganhar a vida, as perguntas ficam sem resposta.
Por onde se exale, a dor existe, crédula, móvel e carente. A desafiar o mundo dos homens com sua força e intensidade.
O caminho haverá, e será de luta. Por uma dignidade perdida, e conscientização arrancada pelas vertentes do sofrimento.
Quando cada um se outorgue o direito de fazer valer sua voz, em proveito de uma vida digna. Sons que nao se calem, nem ao sopro de uma vela.
Ideais que, absolutamente, seguirão para ficar. E honrar seu direito para com a própria vida.
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